Ser jornalista vai muito além de escrever. Vai muito além de apresentar um jornal. Vai muito além de “segurar as pontas”
numa rádio. Quando passamos pelos bancos da faculdade é tudo muito lírico, muito na base do idealismo. Mas, quando
chegamos nas redações da vida, o choque de realidade é inevitável.
Tem até quem fique tão frustrado que mude de profissão. Mas a verdade incontestável é que jornalismo é “cachaça”.
Quem bebe dessa fonte não consegue mais ficar sem. Jornalista é curioso, é ágil, é inconformado. E, por muitas vezes,
é através do trabalho do jornalista que a população consegue melhorias e tem a sua voz ouvida.
É que muitas das vezes o governo não chega até a ponta, então o jornalista faz esse elo. Como diz a música da banda
mineira Skank “a indignação é uma mosca sem asas, não ultrapassa a janela de nossas casas”. Então, através do trabalho jornalístico podemos mudar a realidade, mesmo que seja de uma rua, uma casa. É que nós temos essa mania de
ter fé na vida e que as coisas vão melhorar. Não aceitamos pacatamente as coisas erradas. Aquela teimosia boa de
querer o melhor, sabe?
Na última sexta, 6, o Grupo Giro de Comunicação lançou seu jornal impresso. Um projeto inovador, que busca ser mais uma forma de estreitar laços com seus leitores. Ir às ruas e entregar esse folhetim de mão em mão foi uma experiência incrível. Sentir as pessoas recebendo bem esse novo produto, olhar nos olhos pra quem falamos e ouvir elogios, simplesmente não tem preço. Fazer parte disso tudo só faz com que eu acredite ainda mais no jornalismo e acreditar que
tudo vai dar certo para todos nós.
Por Flávia Rocha, jornalista
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