A Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro (Ajorio) está otimista para o Dia das Mães e prevê crescimento de 6% nas vendas em comparação ao ano passado. As joias e bijuterias estão entre os presentes mais procurados nesta data, a segunda mais importante para o comércio depois do Natal, mostrando que o segmento começa a recuperar o fôlego depois de um período de estagnação.
De acordo com a presidente da associação, Carla Pinheiro, números do setor divulgados pela Firjan no fim do ano passado já indicavam que este ano seria de retomada, o que deverá se confirmar com o aumento das vendas previsto para o Dia das Mães. “Os empresários estão confiantes e a nossa expectativa é de que teremos um volume de vendas maior do que o do ano passado. Pesquisas mostram que a melhora no cenário econômico de um modo geral deverá aquecer a data, e a joia é o tipo de produto que nunca sai de moda”, avalia.
Carla acredita que, mesmo com a entrada dos eletrônicos na lista de desejos das mães, a joia não perde seu lugar. “A joia está associada ao amor, ao afeto, à perenidade. Ela tem atributos que são caros aos padrões de consumo atuais, como o fato de não ser descartável, de fazer parte de uma economia circular e poder ser compartilhada. A joia passa de mãe para filha e representa toda a emoção da data”, defende.
Os famosos pingentes de bonequinhos que representam os filhos continuam campeões de vendas. “É o tipo de presente que toda jovem mãe gosta de ganhar”, comenta Carla. As pérolas são outro clássico desta época, assim como os relógios. “São peças que representam a tradição e sempre agradam”, diz.
O setor de joias e bijuterias comporta cerca de 3 mil estabelecimentos e emprega aproximadamente 15 mil pessoas. Os números se mantiveram estáveis no último ano, segundo a projeção da Ajorio, com poucas demissões se comparado a outros setores da economia nos anos de crise. Ao mesmo tempo, houve um aumento no número de microempreendedores individuais, que, segundo dados do Sebrae, correspondem a um universo de 5.215 pessoas.
Segundo a diretora-executiva da Ajorio, Angela Andrade, o comércio eletrônico de joias e bijuterias também será favorecido. “Muitos empresários estão migrando para o ambiente virtual, com e-commerces bem estruturados, principalmente entre as pequenas empresas. A procura por joias e bijuterias nos dispositivos eletrônicos já aumentou em função do Dia das Mães, o que irá se reverter em crescimento no volume de vendas”, avalia.
A Ajorio representa os interesses de toda a cadeia produtiva de joias, bijuterias e afins, que comporta cerca de 3 mil empresas no estado, e atua por meio de parcerias com o poder público e instituições como o Sebrae/RJ e Firjan. Filiada ao Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), a Ajorio possui sede própria e seu orçamento é composto pelo pagamento de contribuições dos associados, além de parte de recursos provenientes dos sindicados que compõem o Sistema Ajorio.