Segundo um dado que foi publicado na revista científica “The Lancet Planetary Health”, Mais de 47 mil pessoas são internadas em hospitais no Brasil todos os anos como consequência das queimadas. Apesar do país ocupar um incômodo posto de protagonista no cenário das mudanças climáticas e desmatamento, com a ocorrência, em 2021, de 260 incêndios de grande magnitude na Amazônia, ainda não existia uma associação clara entre a exposição a partículas poluentes e admissão hospitalar por essa causa específica.
Nesse aspecto, estudantes da Universidade Monash de Melbourne, na Austrália, fizeram um estudo, com o objetivo de particularizar o efeito da exposição diária a partículas de poluição geradas por incêndios na saúde da população brasileira, usando dados dos anos de 2000 à 2015.
Pesquisa
Todos os dados elaborados e descobertos pelo apontamento foram conseguidos através de dados de internações hospitalares diárias por causas cardiovasculares e respiratórias, levantados junto ao Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) em 1.814 municípios, entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2015. Essa série temporal foi ajustada com as concentrações diárias de poluentes, com tudo agrupado em níveis regionais e nacional, através do uso das meta-análises.
Este procedimento, faz a combinação de uma síntese reproduzível e quantificável dos dados, que constatou um aumento de 10 ug/m3 em relação às partículas finas, com influência direta dos incêndios florestais no Brasil. Esse fenômeno gerou um aumento de 0,53% no total de hospitalizações no país, e isso representa 35 casos por 100 mil habitantes.
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