Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, analisou mães e filhos hispânicos e sugeriu que a má qualidade do ar pode contribuir, ao menos em parte, com a epidemia de obesidade que assola o país. O estudo, publicado na revista Environmental Health, afirma que o risco é maior entre populações minoritárias que tendem a viver em locais com maior exposição a poluentes tóxicos.
Segundo o estudo, grávidas expostas a níveis elevados de poluição do ar têm bebês que crescem excepcionalmente rápido nos primeiros meses após o nascimento – acumulando excesso de gordura que as coloca em risco de obesidade e doenças relacionadas ao sobrepeso no futuro. O artigo afirma ainda que cerca de um em cada quatro jovens hispânicos nos Estados Unidos são obesos, enquanto apenas cerca de 14% dos jovens brancos e 11% dos jovens asiáticos desenvolvem o problema.
“As taxas mais altas de obesidade entre certos grupos em nossa sociedade não são simplesmente um subproduto de escolhas pessoais como exercícios e calorias ingeridas, calorias eliminadas. É mais complicado do que isso”, afirma a autora sênior do estudo, Tanya Alderete, que é professora do Departamento de Fisiologia Integrativa da universidade. “Este estudo e outros sugerem que [a obesidade] também pode se relacionar com a quantidade de carga ambiental que uma pessoa carrega”, disse.
Pesquisas anteriores mostraram que mulheres grávidas que fumam ou são cronicamente expostas à poluição do ar tendem a ter bebês com peso menor ao nascer – o que os faz correr para alcançá-lo no primeiro ano de vida, ganhando peso com uma rapidez incomum. O fato tem sido associado a diabetes, doenças cardíacas e problemas de peso na infância e adolescência.
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