Operação da PF no Rio combate desvio de R$ 20 milhões do SUS
A investigação teve início após uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU)
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a operação “Tratamento Fake”, que visa desmantelar uma organização criminosa especializada no desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Rio de Janeiro. O grupo é acusado de fraudear tratamentos de fisioterapia e exames de imagem, desviando mais de R$ 20 milhões dos cofres públicos.
Durante a operação, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Seropédica, Nilópolis e Mesquita. Entre os alvos, estão clínicas médicas, seus proprietários e ex-servidores públicos, que, segundo as investigações, estariam envolvidos nas fraudes. Os investigadores afirmam que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos para gerar pedidos médicos duplicados, além de registrar tratamentos e exames que nunca foram realizados.
A investigação teve início após uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), que identificou irregularidades em clínicas selecionadas por meio de chamamento público. As fraudes estavam relacionadas ao pagamento de serviços de saúde que não foram prestados, como tratamentos fictícios de fisioterapia e exames de imagem, que resultaram em um desvio milionário de recursos destinados ao SUS.
Os acusados podem responder pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado mediante fraude, com penas que podem chegar a 11 anos de reclusão. A Polícia Federal afirmou que o objetivo da operação é ampliar as provas já coletadas e investigar a possível participação de outros servidores públicos nos esquemas fraudulentos.
A operação “Tratamento Fake” reflete o esforço das autoridades para combater a corrupção no setor público e garantir a correta aplicação dos recursos destinados à saúde pública, especialmente em um momento em que o SUS enfrenta desafios significativos para atender à população.
As investigações continuam, e novas informações podem surgir à medida que mais provas sejam reunidas. A Polícia Federal alerta para a importância do monitoramento rigoroso de contratos e serviços prestados por clínicas credenciadas ao SUS, com o intuito de evitar que fraudes como esta se repitam.
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