PF afirma que Bolsonaro planejou e atuou para golpe de estado
Segundo a corporação, o esquema não foi executado por circunstâncias alheias à vontade de Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve todo domínio do plano de golpe de estado que envolvia a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo a Polícia Federal (PF). Segundo a corporação, o esquema não foi executado por circunstâncias alheias à vontade de Bolsonaro.
Ainda de acordo com a PF, o ex-presidente “tinha plena consciência e participação ativa” na prática de “atos clandestinos” que visavam abolir o Estado de Direito. A conclusão da investigação está no relatório final da polícia, que veio à tona publicamente nesta terça-feira (26).
A PF informou também que os investigados pela tentativa de golpe, atuaram de forma coordenada desde 2019 para manter Bolsonaro no poder. Militares agiam deliberadamente, sem autorização de superiores, em evidente quebra de hierarquia, conforme a corporação.
Plano visava matar Lula e Alckmin
A investigação concluiu que o ex-presidente de fato tinha pleno conhecimento sobre o plano de matar Lula, Alckmin e Moraes, intitulado ‘Punhal Verde Amarelo’. Os assassinatos tinham o objetivo de “extinguir” a chapa vencedora das Eleições de 2022.
É válido destacar que o planejamento foi traçado em papel impresso pelo general Mario Fernandes, no Palácio do Planalto.
Bolsonaro será denunciado?
Nesta terça, a investigação foi enviada por Moraes, à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele também determinou a retirada de sigilo do caso.
Agora, a decisão de denunciar ou não Bolsonaro e os outros investigados, é do procurador-geral Paulo Gonet. Entretanto, ele pode solicitar o arquivamento do caso ou requerer mais diligências à PF.
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