Escola de Música Santa Cecília conquista aprovação de projeto na Lei de incentivo à cultura e busca patrocínio de pessoas físicas
De acordo com a presidente voluntária da Escola de Música Santa Cecília, Janine Meirelles, a aprovação do projeto na Lei de Incentivo à Cultura é uma conquista significativa.
A Escola de Música Santa Cecília, instituição cultural referência na cidade, acaba de dar um passo importante para a realização de seu projeto cultural aprovado na Lei de Incentivo à Cultura. Agora, com o aval do governo federal, a escola entra em uma nova fase de captação de recursos e convoca a sociedade – em especial as pessoas físicas – para contribuírem com o desenvolvimento de suas atividades. Através de uma simples doação que será abatida do seu imposto a pagar no próximo ano, qualquer cidadão pode ser um agente transformador na vida de jovens músicos e na cultura da cidade.
De acordo com a presidente voluntária da Escola de Música Santa Cecília, Janine Meirelles, a aprovação do projeto na Lei de Incentivo à Cultura é uma conquista significativa. "Este é um marco para nossa instituição, que sempre se dedicou a promover a música e a educação cultural. Com o apoio da Lei de Incentivo, podemos expandir nossas ações e continuar oferecendo aos nossos alunos a possibilidade de desenvolver seus talentos musicais. O projeto abrange desde a concessão de bolsas de estudo de formação musical completa a formação de uma orquestra", destaca Janine.
A Lei de Incentivo à Cultura permite que tanto empresas quanto pessoas físicas direcionem parte do imposto de renda devido para projetos culturais aprovados, como o da Escola de Música Santa Cecília. Para as pessoas físicas, o processo é simples e sem burocracia: ao fazer a declaração de Imposto de Renda, é possível destinar até 6% do imposto devido para o financiamento do projeto. "É uma forma de qualquer pessoa, independentemente de sua renda, apoiar a cultura local de maneira prática e acessível. A contribuição é vital para a continuidade e o crescimento da escola", afirma Mairom Duarte, diretor financeiro voluntário da instituição.
O projeto aprovado visa a ampliação das atividades da escola, incluindo a oferta de novos cursos, workshops e apresentações musicais. Além disso, busca a melhoria de sua infraestrutura para atender a mais alunos e expandir suas ações culturais. Segundo Janine, o projeto não só visa à formação de novos músicos, mas também ao fortalecimento da cultura na comunidade. "A música tem um poder transformador, e nosso trabalho é levar essa transformação ao maior número de pessoas possível. Cada contribuição faz a diferença na vida dos nossos alunos e na cena cultural da cidade", destaca.
A participação das pessoas físicas é fundamental para o sucesso da captação de recursos. Além das empresas, que também têm a possibilidade de se envolver com o projeto, as doações individuais garantem a viabilidade de atividades como apresentações, cursos de música e a compra de instrumentos para a escola. "O apoio da comunidade é essencial para que possamos continuar com nossos projetos. A música é uma ferramenta de inclusão social e desenvolvimento pessoal. Não existe valor pequeno quando se trata de apoiar a cultura", ressalta Janine.
A transparência na aplicação dos recursos captados é um dos principais compromissos da Escola de Música Santa Cecília. Os doadores terão acesso a relatórios detalhados sobre como os valores estão sendo utilizados, além de acompanhar de perto o impacto das suas doações nas atividades da instituição. "Queremos que os doadores se sintam parte do nosso trabalho e vejam o retorno de seu apoio. A transparência é fundamental para fortalecer essa relação", completa Mairom Duarte.
Além da dedução direta no Imposto de Renda, a Lei de Incentivo à Cultura também oferece benefícios fiscais para as empresas que apoiam projetos culturais. No entanto, é a contribuição das pessoas físicas que pode proporcionar um impacto imediato e direto na expansão das atividades da escola. O processo de doação é simples, basta efetuar o depósito na conta do Banco do Brasil aberta pelo Ministério da Cultura para este fim. Todos os depósitos de pessoa física ficam registrados no sistema do Ministério da Cultura e na declaração do próximo ano, o valor é abatido do imposto devido. A equipe da Escola pode dar total suporte e orientação.
Para mais informações sobre como realizar a doação e apoiar o projeto da Escola de Música Santa Cecília, os interessados podem acessar o site oficial da instituição, onde estarão disponíveis todos os detalhes necessários. A escola reforça que cada contribuição, independentemente do valor, faz diferença e é essencial para a continuidade de seu trabalho.
Com a captação em andamento, a Escola de Música Santa Cecília convida todos a se engajarem nesse projeto transformador, que visa não apenas o desenvolvimento de novos músicos, mas também o fortalecimento da cultura local e o acesso à arte para todos. A música, como bem pontuam Janine Meirelles e Mairom Duarte, é um instrumento de mudança social, e com o apoio da comunidade, é possível transformar realidades e formar cidadãos mais conscientes e criativos.
Mais informações sobre a Escola de Música Santa Cecília, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, à Rua General Osório, 192, Centro, por meio do telefone/ WhatsApp (24) 2242-2191 no Instagram: @emusicasantacecilia (https://www.instagram.com/emusicasantacecilia/) ou ainda no Facebook: @santaceciliapetropolis (https://www.facebook.com/santaceciliapetropolis).
Sobre a Escola de Música Santa Cecília
A Escola de Música Santa Cecília, foi fundada em 16 de Fevereiro de 1893, pelo professor de música João Paulo Carneiro Pinto, pernambucano talentoso e músico conhecido por sua excelência, atestada por uma das suas premiações, a “Medalha de Ouro” do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. O professor, trazido para Petrópolis pela Família do Barão Araujo, que venerava Petrópolis, assim como outras tantas famílias que tinham a cidade como refúgio do calor e dos problemas de saúde que enfrentavam na então capital do Brasil, Rio de Janeiro.
Além disso, com a industrialização, na última década do século XIX, Petrópolis atraiu trabalhadores do exterior, como também de todo país, estabelecendo uma união estreita da cidade com os mineiros imigrantes, através do trem de ferro. A República, recém instaurada, sofria pressões políticas, e a Revolta da Armada contra o governo de Floriano Peixoto feria a paz, estando decidida a mudança da capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrópolis. Os verões alegres da cidade, a tranquilidade, o ambiente saudável, a garantia de emprego, tornaram-se atrativos para uma nova população que pouco a pouco integrou-se aos colonos alemães.
Por causa de toda esta ebulição, o músico João Paulo Carneiro Pinto, abandonou a vida carioca, fixou residência em Petrópolis, onde inaugurou um ensino de música para 34 crianças bem-dotadas musicalmente e, principalmente, sem recursos, na escola que leva o nome da padroeira da música, Santa Cecília. Passando de um prédio a outro de doações e subvenções do poder público e do empresariado, a Escola foi inicialmente acolhida no Hotel Bragança, que nada cobrava do maestro.
A escola de Paulo Carneiro tornou-se presença obrigatória em toda a vida cultural e festiva de Petrópolis, não só pelo ensino como pela orquestra, participante efetiva de todas as festividades públicas e particulares. A extraordinária e muito respeitada figura do maestro foi presença marcante na vida petropolitana. Ao falecer, a 10 de Setembro de 1923, seu último pedido a amigos e devotados auxiliares: Não deixem morrer a minha Escola!
Na manhã de 23 de setembro de 1923 reuniram-se esses amigos com Sanctino Carneiro, filho do maestro, que abriu mão de todos os bens do pai – representados por instrumentos musicais e a própria escola – iniciando a organização da sociedade civil, hoje conhecida como a Escola de Música Santa Cecília.
De prédio em prédio, a sociedade adquiriu, por fim, uma pequenina casa na rua Marechal Deodoro, número 192, esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua General Osorio, onde se instalou com cursos musicais, abrindo seu salão para atividades artísticas em geral, que abrigavam também um cine-teatro. Graças a uma campanha sólida de arrecadação junto à população petropolitana, em 1950 o pequeno prédio foi demolido e as obras começaram. Durante o período de construção, a escola funcionou no Palácio de Cristal. Cinco anos depois, em 1955 foram inaugurados o Edifício Paulo Carneiro e o Teatro Santa Cecília, consolidando o sonho do Maestro Paulo Caneiro.
Este ano, a Escola de Música Santa Cecília comemorou 129 anos de existência. Dentre as centenas de alunos, professores e dirigentes, que passaram por seus bancos escolares e administrativos, destacam-se três notáveis personalidades musicais, todos petropolitanos natos, representantes de três fases da Escola: da primeira (século XIX), a pianista Magdalena Tagliaferro, aluna do maestro Paulo Carneiro; da segunda (primeira metade do século XX), o maestro, pesquisador e compositor César Guerra-Peixe; e da terceira (segunda metade do século XX), o maestro, compositor e pesquisador Ernani Aguiar.
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