STF forma maioria e mantém prisão de Robinho, condenado por estupro
crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a prisão do ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, que cumpre pena desde março deste ano por um crime de estupro coletivo ocorrido em 2013, em Milão, Itália. Seis dos 11 ministros da Corte votaram a favor da manutenção da prisão, enquanto apenas o ministro Gilmar Mendes se manifestou favoravelmente à soltura do ex-atleta.
O julgamento no STF teve início na última quinta-feira (15), no plenário virtual, e está previsto para ser concluído até o próximo dia 26. No entanto, até lá, a análise pode ser adiada caso algum ministro peça vista ou destaque do processo. Até o momento, a maioria dos magistrados se posicionou pela continuidade da prisão de Robinho, que se encontra detido na penitenciária de Tremembé, em São Paulo, para cumprir a sentença de nove anos determinada pela Justiça italiana.
A prisão de Robinho foi determinada pela Justiça brasileira em março deste ano, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que o ex-jogador deveria cumprir a pena no Brasil. A decisão ocorreu horas depois de a presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, assinar um comunicado autorizando a execução da prisão, e um dia após o STJ decidir que Robinho deveria ser preso para cumprir sua sentença.
O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013, em Milão, quando ele e outros homens participaram de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate. O ex-jogador sempre negou as acusações, mas a sentença judicial, que o condenou a nove anos de prisão, foi mantida pelas instâncias superiores da Justiça italiana.
Em 2023, o ministro do STJ, Francisco Falcão, determinou cautelarmente que Robinho entregasse seu passaporte, uma medida preventiva que indicava a possibilidade de cumprimento da pena no Brasil. Agora, com a prisão em andamento, o ex-jogador enfrenta o processo de sua extradição, enquanto o STF continua a analisar a questão de sua prisão no país.
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