Programa Empreendedoras da Reciclagem: empodera mulheres através de capacitações
O programa de qualificação começa em uma semana de celebrações importantes
Um milhão de pessoas no Brasil são catadores de materiais recicláveis, destes 70% são mulheres, em sua maioria negras. Isso reflete as profundas desigualdades sociais, econômicas e raciais do país, segundo levantamento do MNCR (Movimento Nacional dos Catadores e das Catadoras de Materiais Recicláveis). As catadoras enfrentam desafios diários como a estrutural. Procurando capacitar essas mulheres, a so+ma lançou o Empreendedoras da Reciclagem, programa de qualificação exclusivo para mulheres que empreendem na reciclagemcom o objetivo de transformar a realidade dessas mulheres.
O Empreendedoras da Reciclagem tem como foco a qualificação e empoderamento dessas s mulheres. A partir de um processo de escuta ativa, desenvolvemos um programa exclusivo para mulheres para o desenvolver habilidades e criação de oportunidades no ecossistema da reciclagem. Atualmente o programa é realizado no Município de Campo Largo, no Paraná e cidades do entorno com apoio da SIG Combibloc e do Governo do Estado do Paraná - através do Programa Paraná Competitivo e com apoio da Aliança Empreendedora, já está estruturando uma nova turma em Ponta Grossa e busca apoiadores para que possa levar o Programa para outros Estados
O programa iniciado em outubro irá até dezembro, com temas voltados para o desenvolvimento profissional e pessoal das participantes. Entre as mentoriais oferecidas estão: Histórias Inspiradoras; Leis e Decretos de logística reversa; Planejamento Financeiro para o Negócio; Passo a Passo para Criar Posts nas Redes Sociais; e Comunicação como Forma de Fortalecer a Mulher no Trabalho, entre outros
“O programa foi pensado para proporcionar a essas mulheres o desenvolvimento profissional, reconhecimento e valorização, a partir de um processo de transformação de catadoras para empreendedoras. A nossa intenção é fazer com que o trabalho na reciclagem deixe de ser uma alternativa por falta de opções, tornando-se uma escolha", explica Claudia Pires, CEO da so+ma. Além dos encontros presenciais, o programa também oferece sessões online, permitindo maior alcance e flexibilidade.
Ao contrário do que muitos pensam, a catação de materiais recicláveis não é somente uma forma de subsistência, segundo levantamento realizado com as catadoras que são mentoradas pelo programa 56,4% recebem mais de um salário-mínimo, tendo suas rendas familiares entre R$ 1.400 e R$ 7 mil. Sobre suas instruções 17,7% responderam que possuem ensino médio ou curso técnico completos, 11,3% têm ensino superior completo e 8,1% têm pós-graduação.
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