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Uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto ClimaInfo revelou que os brasileiros estão cada vez mais conscientes dos impactos econômicos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, desejam que o Brasil adote um papel de liderança na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. O estudo, intitulado “Eliminação Progressiva dos Combustíveis Fósseis no Brasil”, entrevistou cerca de duas mil pessoas e revelou um panorama de crescente apreensão e engajamento com a causa ambiental.

De acordo com os dados, 91% dos entrevistados acreditam que os eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e ventos fortes, podem causar danos significativos à economia do país. A pesquisa destaca o aumento de fenômenos como as fortes chuvas que atingiram São Paulo nos últimos meses, provocando mortes, queda de energia e enchentes, como exemplos concretos que reforçam essa percepção.

A preocupação econômica está diretamente ligada à crescente conscientização sobre as mudanças climáticas, com 73% dos participantes considerando que o governo federal deve tratar o combate às mudanças climáticas como uma prioridade. Para muitos, isso inclui uma urgente transição para fontes de energia mais limpas. Nesse sentido, a pesquisa apontou que 79% dos brasileiros desejam que o país assuma um papel de liderança na transição energética global, contribuindo para a redução da dependência dos combustíveis fósseis e a adoção de tecnologias mais sustentáveis.

Outro dado revelador do estudo foi a alta taxa de apoio à política de combate ao desmatamento. Quase todos os entrevistados, ou 97%, se mostraram favoráveis ao fim do desmatamento ilegal até 2030, refletindo a preocupação com a preservação das florestas e o impacto da destruição ambiental nas mudanças climáticas. Além disso, 64% dos brasileiros acreditam que o Brasil deve focar no desenvolvimento econômico com ênfase na eliminação de combustíveis fósseis, buscando alternativas mais ecológicas e sustentáveis para o crescimento econômico.

O estudo também traz à tona uma visão crítica sobre as grandes empresas de combustíveis fósseis. Setenta e dois por cento dos entrevistados consideram que as empresas do setor, como as de petróleo e gás, devem ser responsabilizadas pelos danos causados pelos eventos climáticos adversos, como desastres naturais e os custos associados à adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Este dado reflete a crescente demanda por justiça climática e maior responsabilidade corporativa em relação ao aquecimento global.

Por fim, a pesquisa indica que a maioria da população acredita que é possível alcançar a meta de eliminar a queima de combustíveis fósseis até 2050. Com 71% de apoio a essa meta, os brasileiros demonstram confiança na capacidade do país e do mundo de adotar políticas mais eficazes e tecnologias inovadoras para combater as mudanças climáticas e limitar os danos futuros.

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