Golpe do Azeite Falso é desmantelado pela Polícia Civil no Rio de Janeiro
Fábrica clandestina operava na Zona Oeste da cidade e enganava consumidores com produtos falsificados de baixa qualidade
A Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantelou nesta terça-feira (7) uma sofisticada fábrica clandestina de azeite na Zona Oeste da cidade, em Barra de Guaratiba. O local, que funcionava em um galpão, era responsável pela produção de azeite falsificado, que estava sendo comercializado em diversos mercados da região. O caso, que levanta sérias preocupações sobre a segurança alimentar, foi revelado em um momento em que o preço do azeite está em alta e a procura por esse produto tem aumentado.
A operação policial foi realizada após investigações que apontaram para a existência de um esquema de falsificação envolvendo a mistura de óleos de baixa qualidade e até mesmo a reutilização de azeite impróprio para consumo.
Como a falsificação funcionava?
Os criminosos montaram um processo de falsificação em duas etapas principais, conforme descoberto pela polícia:
Mistura de Óleo de Soja e Azeite de Baixa Qualidade: No primeiro esquema, os falsificadores misturavam 70% de óleo de soja com restos de azeite de qualidade inferior. O produto, que era rotulado como azeite de oliva de alta qualidade, era vendido a preços elevados, enganando os consumidores.
Reutilização de Azeite Impróprio: Em outro golpe, os criminosos recolhiam azeites que haviam sido descartados por não atenderem aos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura e reembalavam o produto, usando novas garrafas e rótulos falsificados. Dessa forma, o azeite considerado impróprio para o consumo era reposto nas prateleiras dos mercados.
Ambos os esquemas visavam lucrar com a falsa qualidade do produto, afetando diretamente a economia popular e colocando em risco a saúde dos consumidores que confiavam na marca e no preço do azeite.
Fábrica Fechada e Prisões
Durante a operação, a polícia encontrou quatro funcionários no galpão, que estavam dormindo no local e foram presos em flagrante por crime contra a economia popular. Os indivíduos, originários de Minas Gerais, foram liberados após o pagamento de fiança. A Polícia Civil interditou o galpão, mas as investigações continuam para identificar se os mercados que comercializavam os azeites falsificados tinham conhecimento da fraude.
A ação da polícia alerta para o crescente problema da falsificação de alimentos no Brasil, especialmente em um cenário de inflação de produtos essenciais como o azeite. A venda de produtos falsificados representa uma ameaça à saúde pública e coloca em risco a confiança do consumidor nas marcas tradicionais.
COMENTÁRIOS