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Petrópolis,18/10/2024

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Escola estadual usa xadrez humano para melhorar raciocínio lógico dos alunos

Estudantes do Colégio Vicente Jannuzzi se transformam em peças do jogo de tabuleiro em campeonato que chega à etapa final


Escola estadual usa xadrez humano para melhorar raciocínio lógico dos alunos Foto: Divulgação
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Uma emocionante disputa tomou conta de toda a comunidade acadêmica do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Nesta quarta-feira (16), foi realizada a final da edição 2024 do Campeonato de Xadrez Humano, um projeto muito especial, criado para estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico e melhorar o nível de concentração dos estudantes.

A iniciativa ‘Xadrez no Jannuzzi’ foi implementada pelo professor de Matemática Marcos Araújo, em 2016. Ele viu no jogo a chance de otimizar suas aulas. O projeto evoluiu, e a escola foi se comprometendo a criar uma cultura voltada à prática e à divulgação do xadrez. Segundo o educador, desde a implantação, a atividade já atendeu cerca de 5.400 alunos do Ensino Médio.

– Estou sempre à procura de novas oportunidades para aumentar a participação e o interesse dos alunos, buscando novas oportunidades e iniciativas para a divulgação e especialização do tema, de forma a incentivar todos os alunos do colégio a se engajarem no processo e na cultura do xadrez – afirmou Marcos, orgulhoso pelo trabalho desenvolvido na unidade.

O campeonato foi dividido em quatro etapas e mais uma grande final: uma fase a cada bimestre com a participação dos alunos de todas as séries e turnos da unidade escolar, e agora, aproximando-se do fim do ano, os campeões de cada etapa bimestral se enfrentam na final, quando acontece o Xadrez Humano.

– Isso que acontece aqui é muito legal, porque ajuda a integrar a escola toda. A gente passa um pouquinho de vergonha, mas vale muito a pena. Até quem não joga xadrez participa deste dia especial. Nós passamos a ter um olhar diferente, aprendendo também fora da sala de aula e se divertindo bastante. Ajuda na socialização da escola e constrói memórias para toda a vida – comentou Laura Maria, de 17 anos, que se tornou "bispo" neste inusitado tabuleiro humano.

A ação começou após uma feira pedagógica, na qual o professor Marcos disponibilizou alguns tabuleiros de xadrez, e os estudantes começaram a jogar. Após notar o envolvimento deles, surgiu a ideia de um campeonato. Com o sucesso da empreitada, um funcionário da escola sugeriu criar um tabuleiro no chão do pátio do colégio. A direção gostou da ideia e, desde então, o xadrez – que já era uma das principais atividades da unidade de ensino – ganhou outros contornos e muitos interessados.

No tabuleiro gigante, os estudantes “vestem” as peças do jogo, transformando-se em "torres", "peões", "cavalos", "rainhas" e "reis". Neste processo, com todos os seus aspectos racionais e lúdicos, são desenvolvidos alguns dos benefícios do jogo, como o estímulo ao trabalho em equipe e a prática da concentração.

– É muito interessante o universo do xadrez e todos os ensinamentos que trazem para nossa vida. O jogo ensina a ter uma noção maior das coisas que você pode fazer e das consequências de cada um dos seus atos. É algo que levarei sempre comigo – destacou Annika Mori que, aos 15 anos, foi uma das finalistas do campeonato.

As finais foram disputadas nos turnos da manhã e da tarde. Nesse projeto, não existe a separação por categoria, uma vez que é priorizada a integração dos alunos. Todos se divertem aprendendo e trazendo para a prática noções do que é ensinado em sala de aula.

– A Fide (Federação Internacional de Xadrez) anunciou que 2025 será dedicado ao ‘Ano do Xadrez Social’. Esta iniciativa inovadora aproveitará o poder do jogo para abordar alguns dos problemas sociais mais urgentes do mundo, promovendo inclusão, educação e bem-estar mental. E isso vem de encontro com a forma e a metodologia que trabalho no Projeto Xadrez no Jannuzzi. Desde o início, minha missão é agregar os alunos, auxiliando o aprendizado matemático e desenvolvendo o raciocínio lógico, assim como fomentar o combate ao bullying e ao preconceito, existentes em nossa sociedade. E o xadrez é uma ferramenta extraordinária neste sentido, já que não há limitações. Todos são iguais – concluiu o professor Marcos.


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