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Petrópolis,16/10/2024

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No último dia da Flip, educadores debatem sobre a importância da literatura infantojuvenil entre os jovens

Mesa mediada pela professora, autora e diretora Adriana Igrejas abordou temas como formação do indivíduo e tendências de leitura


No último dia da Flip, educadores debatem sobre a importância da literatura infantojuvenil entre os jovens Foto: Divulgação
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 Um debate muito importante reuniu educadores no último dia da Flip - Feira Literária Internacional de Paraty. Na Casa LER, em uma mesa muito especial, mediada pela professora Adriana Igrejas, diretora do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi abordada a importância da literatura infantojuvenil entre os jovens. Participaram do debate os autores Amândia Rodrigues, Júlio Emílio Braz e Silvia Castro, e o superintendente de Gestão das Regionais Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ), professor Wesley Karllos Neves Conceição.

 – Está tudo conectado. Educação e leitura caminham lado a lado. Eu me tornei leitora graças à literatura infantojuvenil, apresentada na escola. E daí veio o desejo de também escrever minhas histórias, o que me tornou uma escritora. Mas, no geral, acho que essa literatura para os jovens desenvolve a imaginação, a criatividade, a capacidade de leitura, interpretação e escrita. Ela inspira, diverte e também faz refletir. É nessa linha que construo minhas narrativas. Por isso, gosto de dizer que escrevo livros para sorrir e refletir – disse Adriana Igrejas.

 A literatura infantojuvenil ajuda a organizar e a reter informações, fazendo com que ele se torne progressivamente mais criativo. A leitura, então, se torna instrumento de entretenimento, aprendizagem e reflexão, e a escola deve ser uma das maiores influenciadoras no processo de formação de leitores nesta etapa, auxiliando na formação moral destes estudantes.

 – É um prazer estar nessa mesa com colegas de tanto gabarito. Como professor de História, passei a vida contando histórias. Venho de uma família de professores. Temos a preocupação de formar leitores, tanto em casa, com meus filhos, como na sala de aula. O livro precisa ser manuseado, ter marca de dobra. A construção do leitor se dá na construção do agente criativo, quando temos a oportunidade de buscar o nosso interesse, de sermos o real protagonista de nossa história. E a escola é o lugar de excelência da leitura, temos que pensar em mais folhas e menos telas – comentou o professor Wesley Karllos que, durante anos, atuou como coordenador de Cultura e Protagonismo Juvenil.

É fundamental que a escola e os pais incentivem os estudantes a desenvolverem o gosto pelos livros durante a infância e a adolescência. Nesse sentido, a literatura infantojuvenil não só contribui para que as crianças e os adolescentes desenvolvam o hábito de ler, como também é benéfica para a formação acadêmica e pessoal deles.

 – Essa é uma fase estranha da vida, em que o leitor deixa de ser criança, mas ainda não é adulto. Isso é fantástico, apesar de ser um grande desafio. É muito gostoso esse contato, e nos mantém renovados sempre – destacou Júlio Emilio Braz, autor de mais de 160 obras e vencedor do Prêmio Jabuti de 1988.

 Esse tipo de literatura, então, é indispensável para o desenvolvimento emocional, crítico, intelectual e social do indivíduo, sendo fundamental para os jovens, por estarem iniciando na vida. Isso os ajuda a terem uma enorme melhora, com foco nas decisões e relacionamentos sociais.

 – Quando eu vou escrever, me preocupo muito com a questão temática, pois através da narrativa, a gente pode impactar. Quando a gente escreve, a gente consegue fazer a ponte, e essa é a nossa função, de contador de história. E temos que buscar nosso próprio estilo. Não sabemos em que lugar vamos chegar, mas nossas vozes ecoam e não sabemos até onde elas podem chegar – pontuou Silvia Castro que, além de seu trabalho na rede estadual como agente de leitura, é atriz, autora e contadora de história.

 Adriana Igrejas é palestrante e autora de livros que fazem sorrir e refletir, como ‘A babá gótica’, ‘A fórmula da vida: a escolha de Catarina’, ‘O anjo vingador’, ‘Amigo apaixonado: e outras canções’ e o infantojuvenil ‘Qual é a minha tribo?’, além de alguns contos. Recebeu o Prêmio Baixada 2014 na categoria Literatura/Romance; o Prêmio Destaque Baixada 2018, como romancista; o Prêmio Litere-se, ‘Soul Escritor’ 2019, e o Prêmio Ler Destaque Literário 2022. Faz parte da Academia de Letras de Mesquita e também é diretora do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, de Nova Iguaçu. A unidade se destaca por seus trabalhos especiais, como o realizado na área da robótica, com a superpremiada equipe Rex Tech.

 – Participar da Flip como autora sempre foi um sonho pra mim. Essa não foi minha primeira feira literária, mas, com certeza, muito melhor e uma experiência bem mais marcante, com essas mesas maravilhosas. Foi enriquecedor, e vou levar esses momentos para o resto da minha vida – concluiu a professora.

 No fim, chegou-se à conclusão de que a literatura infantojuvenil contribui efetivamente para a formação do cidadão e que a literatura é uma das práticas mais significativas para que se aprenda e, assim, possa seguir, tomando as melhores decisões em seus projetos de vida.

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