Publicidade

De acordo com informações do Banco Central (BC), as estatais brasileiras apresentaram déficit de R$ 7,2 bilhões entre os meses de janeiro e agosto deste ano. Ainda segundo o BC, se trata do maior prejuízo da série histórica em comparação com o mesmo período de cada ano. 

O valor é um somatório entre as estatais federais e estaduais. Enquanto as que pertencem ao Governo Federal apresentaram déficit de R$ 3,37 bilhões, as estaduais tiveram prejuízo estimado de R$ 3,85 bilhões. 

Como o BC calcula o prejuízo? 

Para fazer o cálculo, o BC leva em consideração a variação da dívida das estatais, categorizado como “abaixo da linha”. Já o resultado do Tesouro Nacional ou das próprias empresas tem uma aplicação diferente de conceito, chamado de “acima da linha”, fazendo a medição do fluxo de entrada e saída de recursos de caixa. 

Por mais que o tesouro seja o garantidor final das estatais, a natureza do déficit atual é mais favorável. Isso se deve ao fato do Tesouro Nacional ser impulsionado por investimentos e por emissões de debêntures, majoritariamente por estatais veiculadas ao saneamento básico. 

Especialista comenta prejuízo e detalha possíveis soluções

Segundo o economista Emerson Novaes, os números refletem uma necessidade de mudança em como as empresas estatais são geridas: “O déficit de R$ 7,2 bilhões apresentado pelas estatais brasileiras é um sinal alarmante da necessidade de reformulação nas práticas de gestão. Esse cenário é resultado de altos custos operacionais e de uma eficiência ainda a ser melhorada em várias dessas empresas”, iniciou.

Ainda foram abordadas pelo especialista outras soluções: “Para reverter essa situação, uma abordagem multifacetada é essencial. Primeiramente, a reestruturação e, em alguns casos, a privatização de estatais que não são estratégicas podem trazer uma gestão mais eficiente”, concluiu. 

Publicidade