Petropolitanos tem dificuldade para encontrar insulina NPH, em falta no mercado
Desabastecimento da medicação ocorre em todo o Brasil
Foto: Wikipédia 
Moradores da cidade de Petrópolis, localizada na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, tem obtido dificuldades para encontrar a insulina NPH, utilizada para ajudar a controlar níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes. Ela é usada por infecção sob a pele uma vez duas vezes ao dia.
De acordo com os populares, tanto no setor público como em farmácias privadas, existe extrema dificuldade em encontrar o produto, que se encontra em falta, segundo as justificativas recebidas pelos clientes.
A ausência da insulina NPH não se dá apenas na cidade de Petrópolis. Há cerca de três semanas, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) emitiu um comunicado alertando sobre o desabastecimento: “A SBEM e a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) reforçam o alerta à população sobre o problema do desabastecimento de insulina no Brasil’, iniciou.
Foi informado em nota, que a ausência se dá desde julho: “No comunicado anterior, já feito pelas duas Sociedades, o laboratório Novo Nordisk avisou que a partir de julho haveria indisponibilidade no fornecimento, via farmácia popular e redes de farmácias, dos medicamentos Novolin® R (insulina regular) e Novolin® N (insulina NPH, de ação prolongada), ambos com apresentação em frasco de 10ml, com previsão de perdurar pelo segundo semestre de 2024”.
Também foi repassado pelas organizações que desde quando os primeiros indícios de abastecimento fossem solucionados, algumas medidas foram tomadas: “Desde então, a SBD e a SBEM vêm participando de reuniões com os órgãos e entidades envolvidos neste processo, pois a insulina é um medicamento vital, que necessita ser administrado diariamente por milhares de pessoas, para manter a vida e a saúde”, diz o comunicado.
Hospitais privados de todo o Brasil indicaram dificuldade de abastecer o estoque com insulina NPH
No dia 11 de setembro de 2024, um levantamento da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), indicou que hospitais privados relataram dificuldade para a compra de insulina humana para pacientes diabéticos.
O estudo contou com a participação 53 dos 143 hospitais associados em todo o país. A entidade reúne instituições como Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e AC Camargo, de São Paulo. A maioria ouvida (79%) afirma que está extremamente difícil a aquisição do medicamento.
A nota divulgada pela SBEM e pela SBD ainda diz sobre como os profissionais de saúde e a população devam estar atentos com o caso e que as instituições estão acompanhando a situação de perto: “É fundamental que toda a classe médica, profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pessoas que vivem com diabetes e a população estejam informados, para que os pacientes possam se planejar e recebam as orientações necessárias para a manutenção do seu tratamento e cuidado com a saúde”, iniciou.
“A SBD e SBEM reafirmam que estão acompanhando de perto esta situação e em contato constante com as autoridades competentes e informarão sobre quaisquer mudanças deste cenário. As entidades se colocam à disposição para quaisquer esclarecimentos eventualmente necessários”, concluiu.
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