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Cerca de 300 alunos participaram de mais uma edição das aguardadas Olimpíadas do Maurição, realizada entre os dias 24 e 25 de setembro pelo Colégio Estadual Maurício de Abreu, em Sapucaia, no Centro-Sul Fluminense. O evento, que já ocorre há mais de 10 anos, reuniu estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, e promoveu um verdadeiro festival esportivo.

Os jovens competiram em várias categorias, como atletismo, tênis de mesa, vôlei de areia, arco e flecha, salto em distância, futevôlei, entre outras. Nesta edição, um dos grandes destaques foi a estreia da modalidade de futsal feminino, que atraiu diversas alunas-atletas e movimentou a torcida.

Ellan Lustosa/Seeduc-RJ

Para a goleira do time vermelho de futsal feminino, Nívia Santiago, que recebeu ouro, a inclusão da categoria nas olimpíadas é fundamental para incentivar as estudantes. 

— É muito importante competirmos no futsal, isso nos valoriza. Nossas meninas são boas e a ideia era só nos divertir e jogar bola, mas conseguimos ganhar — disse a estudante.

A abertura foi marcada com a entrada dos alunos em quadra. Os primeiros estudantes carregavam as bandeiras do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro e do Município de Sapucaia, além da bandeira do colégio. A área de esportes Beira Rio, no Centro, foi o palco das atividades que começaram bem cedo e se estenderam até o fim do dia.

Divididos em equipes por cores, meninos e meninas, incluindo alunos com algum tipo de deficiência, suaram para conseguir as tão desejadas medalhas nas categorias bronze, prata e ouro, que foram distribuídas às equipes verde, amarela e vermelha, respectivamente, reconhecendo o esforço e a dedicação dos participantes.

Josiel Justo, que competiu nas modalidades vôlei e futsal, contou que veio no contraturno para disputar os jogos.

— Eu acho esse evento muito maneiro. É bem legal o que a escola está fazendo. To gostando tanto que vim até fora do meu horário de aula — contou o jovem.

A professora Josiane Madeira, que é coordenadora pedagógica, contou que o evento é tradicional e movimenta não só os alunos, mas também servidores e que a prática esportiva é uma forma de dar mais perspectiva de futuro para as crianças e adolescentes.

— Pode parecer clichê, mas eles ainda sentem os efeitos da pandemia, têm crises de pânico e de ansiedade e o esporte vem ajudando demais no desenvolvimento deles. Nossa escola tem um espaço grande e eles também fazem as atividades lá, mas como estamos em uma cidade de interior não há muitas atrações, então eles contam com o esporte e se dedicam, alguns até seguem treinando — afirmou a educadora.

Mais do que uma competição esportiva, as Olimpíadas do Maurição fomentam uma melhor interação social entre os alunos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades importantes, especialmente no cenário pós-pandemia, em que a retomada de atividades coletivas tem desempenhado um papel essencial para a saúde mental e social dos jovens. O evento fortalece o espírito de equipe e cooperação, além de estreitar os laços entre a escola e a comunidade local.

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