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A defesa de Lourival Correa Netto Fática, assassino confesso de Anic de Almeida Peixoto Herdy, informou que ele matou a advogada sozinho em um hotel da cidade de Petrópolis, enterrou e concretou o corpo em outro local da Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele ainda disse que o mandante do crime seria o viúvo da vítima. Gordo ou Fática, como é conhecido, deve ser ouvido nesta quarta-feira (25).

Lourival, segundo a defesa, alega que matou Anic no dia 29 de fevereiro deste ano. “Anic está morta”, declarou a advogada Flávia Fróes. “Ela foi morta desde o primeiro dia”, completa. A vítima foi assassinada com um soco no pescoço, e posteriormente, o autor do homicídio teria enterrado e concretado o corpo de Anic. 

Embora a motivação exata do crime ainda não tenha sido esclarecida, a defesa afirma que, de acordo com Lourival, está relacionada a um grave problema familiar. “Ele pega a Anic na saída do shopping, vai direto para um hotel em Itaipava, onde a mata com um soco no pescoço e coloca o corpo no carro. O corpo foi enterrado e concretado. Ele vai revelar o local para que a polícia e a Justiça possam retirar o corpo, que está inteiro, não foi cortado nem queimado”, explicou a advogada.

Uma perícia será realizada nos próximos dias no hotel onde o crime teria ocorrido, com o objetivo de encontrar vestígios do homicídio. A advogada Flávia Fróes destacou que há evidências físicas que ligam o local ao assassinato de Anic, e os peritos poderão confirmar a presença de elementos que reforçam a versão do acusado. “Estive ontem em Petrópolis com o juiz, e provavelmente essas diligências serão realizadas ainda esta semana. Já há tratativas com a Polícia Civil para que tudo seja feito o mais rápido possível no hotel. No local, será possível verificar a presença de sangue e material genético, mesmo após a limpeza do ambiente”, disse.

Morte encomendada

Lourival também afirmou que o crime foi planejado em janeiro – um mês antes do assassinato de Anic. Segundo ele, a vítima está morta desde então, e o sequestro foi uma invenção. Além disso, alegou que o plano foi forjado por ambos (Lourival e o viúvo de Anic), e só não deu certo porque a filha de Anic gravou uma conversa dos dois. No diálogo, eles tentaram difamar Anic e convencer a filha de que a mãe teria forjado o sequestro para fugir com um amante.

Apesar disso, a delegada que coordenou as investigações do caso, Cristiana Onorato Miguel, disse ao g1 e à TV Globo que nada foi encontrado contra o marido de Anic. Ela afirma que o telefone do viúvo foi “periciado e vasculhado de ponta a ponta, e nenhum indício nesse sentido foi encontrado”.

O advogado que representa o viúvo informou que nova versão apresentada por Lourival “se trata de mais um ato de desespero e de crueldade”, e que tanto ele quanto seus procuradores serão processados.

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