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Petrópolis,23/09/2024

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Crianças e adolescentes sofrem com mudanças climáticas, diz estudo da Unicef

No Brasil, 33 milhões de menores enfrentam pelo menos o dobro de dias quentes a cada ano, em comparação a seus avós.

Agência Brasil
Crianças e adolescentes sofrem com mudanças climáticas, diz estudo da Unicef Tomaz Silva / Agência Brasil
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Em um novo levantamento divulgado nesta segunda-feira (23), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou sobre a importância de novos prefeitos e prefeitas investiram em medidas voltadas à questão climática em relação às crianças e adolescentes. No Brasil, 33 milhões de menores enfrentam pelo menos o dobro de dias quentes a cada ano, em comparação a seus avós.

O estudo utiliza como base uma comparação entre as médias dos anos 1970 e de 2020-2024 e mostra a velocidade com que os dias de calor extremo aumentam. Neste caso, esses dias são aqueles que registraram temperaturas acima de 35°C. 

Na década, a média de dias extremamente quentes saiu de 4,9 ao ano, para 26,6 na década de 2020. A pesquisa também aponta o aumento das ondas de calor, que é de grande preocupação. 

Segundo a Unicef, as crianças e os adolescentes são os que sentem, por mais tempo e com maior intensidade, impactos de ondas de calor, enchentes, secas, fumaças e outros eventos climáticos extremos. O estudo ainda aponta que o estresse térmico no corpo, causado pela exposição ao calor extremo, ameaça a saúde e o bem-estar de crianças e mulheres grávidas. 

Outro fator relevante é que níveis excessivos de estresse térmico, também, contribuem para a desnutrição infantil e doenças não transmissíveis que tornam as crianças mais vulneráveis a infecções que se espalham em altas temperaturas, como malária e dengue.

“Os perigos relacionados ao clima para a saúde infantil são multiplicados pela maneira como afetam a segurança alimentar e hídrica, a exposição à contaminação do ar, do solo, e da água, e a infraestrutura, pois interrompem os serviços para crianças, incluindo educação, e impulsionam deslocamentos. Além disso, esses impactos são mais graves a depender das vulnerabilidades e desigualdades enfrentadas pelas crianças, de acordo com sua situação socioeconômica, gênero, raça, estado de saúde e local em que vive”, explica Danilo Moura, Especialista em Mudanças Climáticas do Unicef no Brasil.

Diante desse cenário, o órgão pede que candidatos e candidatas às prefeituras se comprometam a preparar as cidades para enfrentar e lidar com as mudanças climáticas, com foco especial nas necessidades e vulnerabilidades de meninas e meninos.

“Isso inclui implementar ações para enfrentar as mudanças climáticas e adaptar serviços públicos, infraestrutura e comunidades para resistirem a seus efeitos, inclusive a eventos climáticos extremos, priorizando as necessidades e vulnerabilidades específicas de meninas e meninos. Uma ação importante é incorporar o Protocolo Nacional para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes em Situação de Desastres aos planos do município”, aponta Danilo.

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