Entenda a ligação do possível retorno do horário de verão com as secas que atingem o país
Caso o Governo Federal aprove a medida, espera-se que ela comece a vigorar entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve decidir ainda esta semana se o horário de verão será reinstaurado no Brasil. Entretanto, ainda existem muitas dúvidas em relação a medida no país, já que o horário de verão foi suspenso em 5 de abril de 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que à época, entendeu que não havia gerado economias significativas de energia e que a medida poderia impactar negativamente na saúde da população.
Atualmente, o tema voltou à tona devido à intensificação da seca, que tem elevado as temperaturas e o consumo de energia durante os horários de pico. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acredita que a reintrodução do horário de verão pode beneficiar o sistema elétrico, especialmente em um “momento crítico”, já que a seca tem ampliado o consumo de energia no meio da tarde.
A escassez de chuvas tem reduzido os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, e o calor excessivo impulsiona o uso de eletrodomésticos, como ar-condicionados, resultando em um aumento significativo no consumo de energia. Assim, quanto mais seco o clima, maior é a demanda por eletricidade. Esse cenário levou à ativação da bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro, que implica um acréscimo de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A reintrodução do horário de verão no Brasil permitiria que as pessoas aproveitassem mais a luz do dia, reduzindo assim o consumo de energia elétrica. Caso o Governo Federal aprove a medida, espera-se que ela comece a vigorar entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.
A aceitação do retorno do horário de verão é expressiva: uma enquete realizada pelo Portal GIRO revelou que 77% dos brasileiros são favoráveis à medida, enquanto 18% se opõem e 5% não percebem diferença.
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