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Petrópolis,19/09/2024

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Brasil pode chegar a 5,5 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer em 2050

Projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) reforça urgência de medidas de prevenção


Brasil pode chegar a 5,5 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer em 2050 Foto: Reprodução/Freepik

A doença de Alzheimer é um dos tipos mais comuns de demência, uma condição crônica, progressiva e que não tem cura. A projeção da Organização Mundial de Saúde é que, no Brasil, serão cerca de 5,5 milhões de pessoas com a doença em 2050. Hoje são pelo menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivendo com a condição. 

O Mês Mundial da Doença de Alzheimer (MMDA) é uma iniciativa vital que ressalta a importância da conscientização e da educação em relação à demência. A campanha liderada pela Alzheimer’s Disease International (ADI), ‘É hora de Agir’ com as atividades programadas dentro do ‘Setembro Lilás’ não apenas ilumina os desafios enfrentados por aqueles que vivem com a doença, mas também promove a solidariedade global na busca por soluções e melhores práticas de cuidado. 

Um dos fatores de prevenção da doença é a atividade física. Por isso, a Associação Brasileira de Neurologia escolheu promover, este mês, o Projeto MoviMENTE-se, como forma de reforçar o Dia Internacional da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, em 21 de setembro, que vai promover corridas e caminhadas em diferentes capitais. 

A Doença de Alzheimer é caracterizada pela sua irreversibilidade e perda progressiva das funções cognitivas, funcionais e mudanças na personalidade. Está, usualmente, acompanhada por vários distúrbios cerebrais, como amnésia, apraxia, agnosia e afasia.

Apesar dos vários fatores de risco, o estilo de vida pode influenciar na chance de um indivíduo desenvolver ou não a DA. A relação inversa entre uma vida fisicamente ativa e o risco de desenvolver alterações cognitivas é amplamente documentada, e o exercício aeróbico se mostrou a principal forma de exercício, quando se objetiva diminuir os impactos do envelhecimento nas funções cognitivas. 

O Projeto MoviMENTE-se será organizado pelo Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia e espera levar conhecimento e saúde aos participantes.

Diagnóstico e tratamentos da Doença de Alzheimer

O diagnóstico da Doença de Alzheimer enfrenta vários desafios devido à sua natureza progressiva e à ausência de um teste definitivo em vida. A sobreposição de sintomas com outras condições, levando a diagnósticos incorretos, pode atrasar o tratamento adequado. 

A variabilidade na apresentação clínica, com alguns pacientes apresentando sintomas atípicos como distúrbios comportamentais ou alterações na linguagem, dificulta ainda mais o diagnóstico, assim como a progressão imprevisível da doença entre os pacientes. 

Apesar do grande potencial diagnóstico, o uso de biomarcadores enfrenta limitações como variabilidade intralaboratorial, sobreposição com outras formas de demência e alto custo, por isso o estudo de biomarcadores no líquor não é viável para todos os pacientes. 

O diagnóstico geralmente ocorre apenas na presença de sintomas graves, devido à falta de conhecimento público sobre a doença. Para iniciar o tratamento da Doença de Alzheimer, é crucial que a família esteja atenta aos sintomas iniciais. Algumas pessoas resistem em consultar um médico por não reconhecerem ou negarem os sintomas, devido às alterações cerebrais causadas pela demência, ou por medo de ter seus receios confirmados. 

Ainda que existam avanços significativos na compreensão e no tratamento da Doença de Alzheimer, muitos desafios ainda permanecem. A eficácia limitada dos tratamentos farmacológicos atuais enfatiza a necessidade de continuar as pesquisas para desenvolver terapias mais eficazes. 

O manejo terapêutico da Doença de Alzheimer é uma tarefa multidisciplinar que envolve a colaboração de profissionais. O diagnóstico precoce e a prestação de cuidados integrais continuam sendo essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. 

Pesquisas em terapias gênicas e tratamentos com células-tronco ainda estão em andamento, visando reparar ou substituir células nervosas danificadas, o que pode trazer benefícios significativos a longo prazo. O uso de tecnologias de imagens, como PET scans, está possibilitando diagnósticos precoces e mais precisos, permitindo uma intervenção terapêutica. 

As abordagens não farmacológicas, como a construção de hábitos de vida saudáveis, incluindo exercício regular e o não consumo de alimentos ultraprocessados, têm demonstrado reduzir o risco ou retardar a progressão da doença de Alzheimer (DA). 

Dispositivos e aplicativos que auxiliam nas atividades diárias, desde lembretes para tomar medicamentos até sistemas de localização para evitar que se percam, estão se tornando mais sofisticados. Intervenções psicossociais, como terapias de reminiscência e atividades sociais, também podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o estresse dos cuidadores.

Movimentos de educação e a conscientização pública sobre o Alzheimer são fundamentais, com o intuito de alertar sobre a prevenção, sobre os sinais precoces da doença e sobre como apoiar aqueles que são diagnosticados podem levar a uma detecção mais rápida e a um melhor suporte social. Dessa forma, promover mudanças no estilo de vida pode ter o potencial de atrasar um terço das demências em todo o mundo e, nesse contexto, a realização da corrida para prevenção do Alzheimer é uma forma de divulgar conhecimentos a respeito de como a prática de exercícios físicos tem importante papel na prevenção dessa doença que atinge grande parte da sociedade atual e, assim, estimular as pessoas a adotarem esse hábito em suas rotinas.





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