O ex-BBB Felipe Prior, de 32 anos, se tornou réu em um novo processo pelo crime de estupro, após a Justiça de São Paulo aceitar uma nova denúncia efetuada pelo Ministério Público (MP) contra o arquiteto. Prior já é condenado por estupro, cometido em 2014, contra uma colega de universidade. 

O MP apresentou suas alegações finais na última quarta-feira (11). O processo diz que, durante uma viagem em fevereiro de 2015, na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, Prior forçou relação sexual com a vítima dentro de uma barraca. “No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca”, narra o Ministério Público.

“Na barraca onde a vítima dormia, sendo que a vítima estava de biquíni e o acusado de sunga, este foi rapidamente tirando sua roupa e forçou a cabeça da ofendida contra seu pênis para que ela fizesse sexo oral, sendo que o pênis do acusado chegou a tocar na boca da vítima. A vítima imediatamente falou que não queria e empurrou o acusado. Contudo, aproveitando-se de sua força física, de seu peso e de seu tamanho, o acusado deitou a vítima e deitou-se sobre ela, colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis. A ofendida disse não, que não iria transar com o acusado, sendo que ele não a ouvia e usou a força do peso do corpo dele, a configurar a violência, mantendo a ofendida imobilizada, para penetrar seu pênis na vagina da vítima, que sentiu dor, diante da total ausência de lubrificação”, diz o relatório da instituição.

Ainda de acordo com depoimentos da vítima e de testemunhas, Felipe Prior interrompeu a ação quando ouviu que uma amiga da vítima se dirigia à barraca. Neste momento, ela teria conseguido empurrar Felipe e se livrou da violência. Através de um depoimento, o acusado confirmou ter praticado sexo com a jovem, entretanto, negou ter praticado qualquer tipo de violência, afirmando que a relação sexual foi consentida.

Prior já é condenado por estupro

Felipe Pior foi condenado em segunda instância a uma pena de oito anos de prisão em regime semiaberto, pelo crime de estupro, cometido há dez anos. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça, na última terça-feira (10), após análise do recurso da defesa.

Os desembargadores Luiz Tolosa Neto (relator do caso), Ruy Alberto Leme Cavalheiro (revisor) e Márcia Lourenço Monassi decidiram, de maneira unânime, que a pena de Felipe Prior deveria subir de seis para oito anos, em regime semiaberto. 

O crime ocorreu em agosto de 2014, quando Felipe Antoniazzi Prior estudava na Universidade Presbiteriana Mackenzie, e teria estuprado uma colega universitária. De acordo com a denúncia com o Ministério Público (MP), depois de uma festa, Prior deu carona à vítima e, quando estava em uma rua próxima à casa dela, cometeu o crime. Na ocasião, a vítima estava alcoolizada.

Prior virou réu em 2020, ano em que participou do Big Brother Brasil (BBB). Ele foi denunciado por três mulheres, por crimes de estupro ocorridos entre 2014 e 2018. À época, Felipe negou todas as acusações, afirmando que as denúncias só surgiram após ele ficar famoso por sua participação no reality show. 

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