Estado do Rio registra o maior número de queimadas desde 2017
Especialistas indicam que a seca prolongada, exacerbada pelo aquecimento global e fenômenos climáticos como El Niño, tem deixado os ecossistemas mais vulneráveis
Desde o início de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 760 focos de queimadas no estado do Rio de Janeiro, o maior número registrado em um único ano desde 2017. Com o aumento de incêndios florestais ainda em andamento e setembro e outubro sendo períodos críticos, há uma preocupação de que esse recorde possa ser superado. Somente em setembro, já foram registrados 55 incêndios no estado.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro já havia alertado para o crescimento acentuado das queimadas este ano, registrando um aumento de cerca de 85% no número de ocorrências em comparação com o ano passado. Os municípios mais afetados incluem Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias, seguidos por outras cidades como Maricá e Nova Iguaçu.
O aumento das queimadas tem gerado uma significativa deterioração da qualidade do ar em diversas regiões do Brasil, incluindo capitais como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Recentemente, imagens de paisagens cobertas por fumaça viralizaram nas redes sociais, destacando a preocupação com a saúde pública.
Especialistas indicam que a seca prolongada, exacerbada pelo aquecimento global e fenômenos climáticos como El Niño, tem deixado os ecossistemas mais vulneráveis a incêndios. Além disso, há indícios de que muitas queimadas podem ser de origem criminosa, com investigações em andamento em vários estados, incluindo São Paulo e Goiás.
Em relação à qualidade do ar, o último boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostrou uma leve melhora, com 28 das 57 estações no Rio de Janeiro apresentando condições boas e 26 moderadas. No entanto, a qualidade do ar em algumas áreas, como Manguinhos e Resende, foi classificada como ruim, o que pode causar sintomas como tosse e irritação. O Ministério da Saúde recomenda aumentar a ingestão de líquidos, evitar atividades físicas ao ar livre e utilizar máscaras para proteger-se das partículas de fumaça.
COMENTÁRIOS