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Petrópolis,17/09/2024

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Professor da UFSCar foi o único pesquisador brasileiro premiado durante congresso mundial na área de fotobiomodulação

Cleber Ferraresi desenvolve estudos sobre uso terapêutico da luz em doenças crônicas, no esporte, dentre outras aplicações


Professor da UFSCar foi o único pesquisador brasileiro premiado durante congresso mundial na área de fotobiomodulação

No final do último mês de agosto foi realizado, em Londres, o Congresso Mundial de Fotobiomodulação (terapia por luz), organizado pela Associação Mundial de Fotobiomodulação (World Association for Photobiomodulation Therapy-WALT), que é a organização mais importante no mundo que estuda os efeitos terapêuticos da luz. Durante o evento, várias premiações foram entregues a pesquisadores de todo o mundo, divididos entre seniores (mais velhos e com carreira consolidada) e mais jovens (em início de carreira - MID-Career), em reconhecimento às suas contribuições para a área de fotobiomodulação. Cleber Ferraresi, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi premiado na categoria MID-Career, sendo o único pesquisador brasileiro a receber a premiação.

A fotobiomodulação, antigamente conhecida como laserterapia, é uma terapia baseada em luz não ionizante, ou seja, luz que é benéfica para modular processos biológicos. "Essa luz pode ser emitida por diferentes fontes emissoras, como diodos do tipo laser e LEDs. Os efeitos terapêuticos da fotobiomodulação são diversos, como melhora do reparo tecidual (feridas, por exemplo), modulação da dor e inflamação", explica Ferraresi. A fotobiomodulação tem aplicação em diversas áreas da saúde, como: Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Educação Física, dentre outras. "Temos visto aplicação da fotobiomodulação para tratar doenças degenerativas, dores, lesões superficiais ou profundas, doenças crônicas e, mais recentemente, o sistema nervoso central por meio da aplicação de luz de maneira transcraniana, além de modular o microbioma intestinal", enumera.

De acordo com o professor, a fotobiomodulação tem se tornado uma terapia vantajosa perante a tratamentos convencionais, pois não é invasiva, não farmacológica e não causa efeitos colaterais. "Em termos de eficácia, para algumas condições, como controle da glicemia em pacientes diabéticos, demonstramos recentemente que a fotobiomodulação é tão eficiente quanto os medicamentos hipoglicemiantes orais", exemplifica Ferraresi. Atualmente, o professor coordena grupo de pesquisa e o laboratório FotoBioLab (@fotobiolab.ufscar) que têm investigado os efeitos da fotobiomodulação aplicada aos esportes, doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, doenças pulmonares etc), bem como a compreensão sobre a quantidade de luz (dosimetria) necessária para promover efeitos terapêuticos, incluindo diferentes dispositivos de irradiação de luz. Na UFSCar, Ferraresi também orienta projetos de Iniciação científica, de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, e de pós-doutorado.

As pesquisas sobre fotobiomodulação demonstram avanços importantes e, na última década, têm se concentrado na descoberta dos mecanismos de ação terapêutica para doenças e condições neurológicas (fotobiomodulação transcraniana), doenças metabólicas ou de grande impacto social (diabetes mellitus, por exemplo), além da modulação do microbioma intestinal, que influencia sistemicamente a saúde do ser humano. "Os desafios dessas pesquisas estão voltados à interação da luz com o tecido biológico, desde a passagem da luz através da pele humana, como também nas individualidades biológicas dos participantes das pesquisas/ pacientes, o que implica em ajustes dosimétricos da terapia. Por fim, a indústria tem investido fortemente no desenvolvimento de novos equipamentos para aplicar a fotobiomodulação, incluindo dispositivos para irradiar luz sobre o corpo todo. Inclusive, temos pesquisas em andamento com esses dispositivos de irradiação de corpo inteiro no FotoBioLab", reflete Ferraresi sobre avanços e desafios dos estudos na área.

"As pesquisas que tenho desenvolvido ao longo da minha carreira acadêmica sobre fotobiomodulação têm sido reconhecidas internacionalmente pela WALT. Em 2018 recebi o prêmio de 'Jovem Pesquisador', em Nice (França), e agora o prêmio de 'Mid-Career Award for Excellence in PBM Basic Sciences'. Esses prêmios mostram que estamos no caminho certo e contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento da terapia por fotobiomodulação no mundo", celebra Cleber Ferraresi.


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