O Brasil conquistou neste sábado (7) o maior número de medalhas de sua história em uma edição dos Jogos Paralímpicos. Com quatro medalhas no atletismo, o país superou as campanhas de Rio 2016 e Tóquio 2020, garantindo sua 85ª medalha em Paris, e o número ainda pode aumentar. Até então, o recorde era de 72 medalhas, obtido em ambas as edições anteriores.

Um dos principais nomes da manhã foi Rayane Soares. A maranhense, que já havia conquistado uma prata nos 100m, brilhou ao vencer os 400m da classe T13 (atletas com deficiência visual), com o tempo de 53s55, estabelecendo um novo recorde mundial.

"Eu estava confiante. Sentia que era o meu momento, me via no pódio, com a medalha de ouro", declarou Rayane emocionada após sua vitória.

Outros destaques do atletismo vieram com Ricardo Mendonça (prata) e Christian Gabriel (bronze) nos 200m da classe T37 (para atletas com paralisia cerebral). Eles chegaram logo atrás do vencedor, o atleta neutro Andrei Vdovin, com tempos de 22s71 e 22s74, respectivamente. A prova também contou com a participação de Bartolomeu Chaves, o Passarinho, que ficou em quarto lugar.

Paulo Henrique dos Reis, estreante nas Paralimpíadas, conquistou o bronze no salto em distância T13, com um salto de 7,20m, a melhor marca de sua carreira. “Felicidade imensa. Sinceramente, ainda não caiu a ficha. É sensacional ser o saltador paralímpico com a melhor marca do Brasil”, celebrou o atleta sul-mato-grossense.

O sábado não foi só de vitórias, mas também de avanços importantes. Wallison Fortes, do Rio Grande do Sul, garantiu vaga na final dos 200m T64 (para amputados de membros inferiores com prótese), com o terceiro melhor tempo das eliminatórias (22s81). A final acontece ainda hoje, às 14h51 (horário de Brasília).

Fernanda Yara e Maria Clara Augusto também avançaram para a final dos 200m T47 (amputados de braço), marcando o quinto e o terceiro melhores tempos, respectivamente. A final está programada para 14h43 (horário de Brasília).

No arremesso de peso F34, Eduardo Pereira, estreante nas Paralimpíadas, terminou em sexto lugar com uma marca de 11,03m. O ouro foi para o colombiano Mauricio Valencia (11,71m), a prata para o marroquino Azzedine Nouiri (11,70m) e o bronze ficou com o jordaniano Ahmad Hindi (11,66m).

Com mais competições por vir, o Brasil segue firme em sua campanha histórica nas Paralimpíadas de Paris, consolidando-se como uma potência no esporte paralímpico.

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