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Dois ferros-velhos em Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foram interditados nesta terça-feira (27/8) por agentes da Operação Desmonte, do Governo do Estado. Os estabelecimentos vendiam peças de veículos sem nota fiscal para comprovar a procedência e operavam sem credenciamento no Detran.RJ.

Um dos ferros-velhos, em São João de Meriti, já havia sido fechado pela força-tarefa do Governo do Estado, em junho deste ano, por apresentar diversas irregularidades. Na ocasião, agentes da Operação Desmonte encontraram um veículo roubado sendo cortado no local. O estabelecimento voltou a funcionar com novo proprietário, mas sem estar credenciado no Detran.

O outro estabelecimento interditado, conhecido como ferro-velho do Abraão, que funcionava na Rua Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, também não conseguiu comprovar a origem das peças comercializadas. Além disso, também não estava credenciado no Detran.RJ.

Criada para combater o comércio irregular de peças e carcaças de veículos, a força-tarefa do Governo do Estado, coordenada pelo Detran.RJ, tem a participação das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria estadual de Fazenda.

Em um ano, foram interditados 54 ferros-velhos, com cerca de 900 toneladas de sucatas apreendidas e encaminhadas para destruição. Além de coordenar as fiscalizações, o Detran.RJ orienta os proprietários a pesquisar na aba do Desmonte no site do departamento (https://desmonte.detran.rj.gov.br/apps/desmonte) sobre como regularizar seus estabelecimentos.

Ferros-velhos credenciados terão de etiquetar peças à venda

A partir de 1º de setembro, as empresas de desmontagem de veículos e comercialização de peças usadas já credenciadas junto ao Detran.RJ terão de começar a colar etiquetas individuais em todas as peças que põem à venda, para que seja possível rastrear a procedência e a destinação deste material e assegurar o exercício regular da atividade econômica. Essas etiquetas terão elementos de segurança - como hologramas, código de barras e QR Code - que vão identificar o veículo de origem de cada peça.

 Os proprietários desses estabelecimentos credenciados foram informados de que terão 90 dias de prazo para a etiquetagem de todo o material com origem lícita comprovada em seus estoques. Outros ferros-velhos estão em processo de credenciamento.

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