Um dos momentos de maior aflição vivido pelos brasileiros foi protagonizado por Silvio Santos, que morreu na manhã deste sábado (17) aos 93 anos. Em 2001, o apresentador foi vítima de um sequestro que foi transmitido em todas as emissoras de rádio e TV. 

O caso ocorreu no dia 30 de agosto daquele ano, quando a família Abravanel se recuperava de um outro susto, o sequestro de Patrícia, que na época tinha apenas 23 anos e havia passado uma semana em cativeiro com sequestradores. 

Dois dos envolvidos no sequestro de Patrícia, foram presos 24 horas depois que a liberaram do cativeiro. Os bandidos foram identificados como Marcelo Batista Santos, à época com 27 anos, e Esdras Dutra Pinto, com 19. A polícia ainda procurava outros dois envolvidos no crime: Fernando Dutra Pinto, 22, irmão de Esdras, e uma namorada, conhecida como Jenifer.

Fernando, que estava com os R$ 500 mil pagos por Silvio Santos para o resgate de Patrícia, chegou a ser visto no bairro de Alphaville, em São Paulo, mas conseguiu fugir após trocar tiro com policiais. Horas depois, por volta das 7h do dia 30 de agosto, Fernando invadiu a casa do apresentador, no bairro do Morumbi, na zona sul da Capital Paulista, e iniciou um capítulo angustiante para todos os brasileiros.

A mulher, as filhas e os funcionários da casa conseguiram fugir após uma distração do bandido, mas Silvio, então com 71 anos, acabou rendido dentro da mansão. Ele acabou ficando a sós com o sequestrador por quase oito horas.

Imediatamente a polícia cercou o local. Com o apresentador sendo feito refém, o sequestrador fez algumas exigências. Primeiro, disse que queria um helicóptero para fugir da casa. Depois, exigiu a presença de seu pai para se entregar e, mais tarde, avisou que só se renderia diante de Geraldo Alckmin (atual vice-presidente que na época era governador de São Paulo).

Alckmin chegou ao local do crime pouco antes das 14h, e o bandido aceitou se entregar. Antes, tomou um banho e ganhou roupas limpas de Silvio Santos. Os sequestradores foram condenados a penas de 15 a 19 anos de prisão, mas, antes mesmo de seu julgamento, em janeiro de 2002, Dutra morreu devido a uma infecção generalizada.

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