Ex-CEO das Lojas Americanas é preso nesta sexta-feira
Ele foi detido após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Disclosure contra fraudes contábeis do grupo que chegam a R$ 25 bilhões.
![Ex-CEO das Lojas Americanas é preso nesta sexta-feira](https://www.portalgiro.com/arquivos/noticias/6159/ex-ceo-das-lojas-americanas-e-preso-nesta-sexta-feira.jpeg)
O ex-CEO das Lojas Americanas Miguel Gutierrez foi preso na manhã desta sexta-feira (28), em Madri, na Espanha. Ele foi detido após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Disclosure contra fraudes contábeis do grupo que chegam a R$ 25 bilhões.
Gutierrez estava morando na Espanha desde que o escândalo envolvendo as Lojas Americanas estourou, em janeiro 2023. Além dele, foi expedido um mandado de prisão contra uma de suas diretoras Anna Christina Ramos Saicali, que segue foragida. O ex-CEO estava com seu nome na difusão vermelha da Interpol – lista dos mais procurados do mundo.
O Ministério Público Federal (MPF) pede a extradição de Gutierrez, mas ainda não há informações de qual prisão ele se encontra. De acordo com a PF, ele estava no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), que fica localizado na Superintendência da PF, no Rio de Janeiro.
“Esquema” da fraude
A PF informou que o “esquema” maquiou os resultados financeiros das Lojas Americanas com o objetivo de provar um aumento de caixa para valorizar artificialmente as ações do grupo na bolsa. Com o aumento dos números, segundo a corporação, o ex-executivos recebiam valores extras milionários em razão do desempenho e consequentemente tinham lucros extraordinários ao vender as ações no mercado financeiro.
A Operação Disclosure começou em janeiro de 2023, quando a empresa comunicou a existência de “inúmeras inconsistências contábeis” e um rombo patrimonial estimado, inicialmente, em R$ 20 bilhões. Posteriormente, a Americanas revelou que a dívida chegava a R$ 43 bilhões.
São investigados os crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa. Em caso de condenação, as penas chegam a até 26 anos de reclusão.
COMENTÁRIOS