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Petrópolis,01/07/2024

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Joaquim Manuel de Macedo: Um pioneiro do romantismo brasileiro

Médico, escritor e político, Macedo deixou um legado cultural e literário que perdura até os dias atuais


Joaquim Manuel de Macedo: Um pioneiro do romantismo brasileiro Foto: Reprodução

Nascido em Itaboraí, no Rio de Janeiro, em 1820, Joaquim Manuel de Macedo é um dos nomes mais importantes do Romantismo brasileiro. Formado em Medicina em 1844, Macedo estreou na literatura no mesmo ano com a publicação de "A Moreninha", um romance que lhe trouxe fama e fortuna imediata e se consolidou como um clássico da literatura nacional.

Além de sua carreira médica, Macedo foi um jornalista prolífico, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e um membro ativo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde 1845, onde ocupou os cargos de sócio fundador, secretário e orador. Sua influência também se estendeu ao mundo editorial, quando fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista "Guanabara" em 1849. A revista publicou grande parte de seu poema-romance "A nebulosa", considerado por críticos como uma das melhores obras do Romantismo.

Joaquim Manuel de Macedo desenvolveu uma estreita ligação com Dom Pedro II e a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel. Sua amizade com Manuel José de Araújo Porto-Alegre, uma figura célebre da corte e Cônsul do Brasil na Alemanha, é bem documentada através de uma longa correspondência. Porto-Alegre, um espírita convicto, compartilhou com Macedo suas paixões e crenças no espiritismo, que estava ganhando notoriedade na França na metade do século XIX, graças aos trabalhos de Allan Kardec.

Macedo também teve uma carreira política significativa, militando no Partido Liberal. Ele serviu como deputado provincial em várias legislaturas (1850, 1853, 1854-1859) e como deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Sua atuação política foi marcada pela lealdade e firmeza de princípios, como evidenciado em seus discursos parlamentares.

O impacto de Macedo na literatura brasileira é inegável. "A Moreninha" é até hoje um marco na literatura nacional, e suas contribuições como professor e jornalista ajudaram a moldar o cenário cultural do Brasil no século XIX. Apesar de ter abandonado a medicina, ele manteve um profundo compromisso com a educação e a cultura, influenciando gerações de estudantes e leitores.

Nos últimos anos de sua vida, Joaquim Manuel de Macedo sofreu de problemas mentais, que afetaram sua capacidade de continuar trabalhando. Ele faleceu pouco antes de completar 62 anos, deixando um legado duradouro na literatura, na educação e na política brasileiras.

Joaquim Manuel de Macedo é lembrado não apenas como um escritor talentoso, mas também como um homem dedicado ao progresso cultural e intelectual do Brasil, cujas obras e ações continuam a ser estudadas e admiradas até hoje.

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