Putin acena positivamente para cessar-fogo com a Ucrânia, mas antes quer discutir termos com EUA
A guerra entre os dois países já se estende por três anos

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (13) que Moscou concorda com a possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia. No entanto, ele destacou que um acordo deve garantir uma "paz duradoura" e resolver as "causas fundamentais" do conflito.
A guerra entre os dois países já se estende por três anos, desde fevereiro de 2022, embora a Rússia tenha anexado territórios ucranianos já em 2014. Durante uma coletiva de imprensa ao lado do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, Putin afirmou que um cessar-fogo temporário de 30 dias poderia ser benéfico para a Ucrânia e que a Rússia está "disposta a aceitar isso". No entanto, ele alertou que há "questões a serem consideradas" antes da implementação da medida.
"Se interrompermos as hostilidades, o que isso significará na prática? Quem irá determinar o cumprimento do acordo?", questionou o líder russo. Ele também levantou dúvidas sobre como seriam monitoradas eventuais violações ao cessar-fogo ao longo dos mais de 2.000 quilômetros da fronteira entre os dois países.
A declaração de Putin ocorre em meio a intensas negociações diplomáticas para conter os impactos da guerra e buscar uma solução política para o conflito. Entretanto, analistas apontam que as exigências do Kremlin podem dificultar um acordo imediato, especialmente diante da resistência ucraniana e do apoio ocidental a Kiev.
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