Nesta terça-feira (11), os eleitores da Gronelândia foram às urnas para escolher os 31 deputados que irão compor o parlamento da ilha ártica, o Inatsisartut. Os primeiros resultados não oficiais são esperados para as 1h (horário de Brasília), enquanto os votos de regiões remotas, transportados por avião, barco e helicóptero, serão contabilizados posteriormente para a divulgação oficial.

A Gronelândia, uma região autônoma da Dinamarca com 56 mil habitantes, tem atraído cada vez mais a atenção internacional devido à sua localização estratégica no Atlântico Norte, entre os Estados Unidos e a Rússia. Além disso, a ilha abriga depósitos de minerais de terras raras, considerados essenciais para a economia global.

Nos últimos anos, a importância geopolítica da Gronelândia tem sido evidenciada pelo interesse de potências mundiais. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a manifestar o desejo de adquirir a ilha, gerando grande repercussão política.

As eleições contam com a participação de diversos partidos, incluindo o Inuit Ataqatigiit, de orientação de esquerda e liderado pelo atual primeiro-ministro Mute Bourup, e o Siumut, legenda que já governou a ilha anteriormente. Os assentos no parlamento serão distribuídos proporcionalmente ao número de votos recebidos por cada partido.

Além de definir a política local, os parlamentares eleitos terão um papel fundamental na discussão sobre uma possível declaração de independência da Dinamarca. Caso isso ocorra, a Gronelândia se tornaria o 12º maior país do mundo em área territorial, o que reforça ainda mais o interesse de nações estrangeiras no seu futuro político e econômico.

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