Renato Paiva alerta: Não vou fazer mudanças radicais em relação ao que o último treinador implantou na equipe
Português elogiou postura de John Textor durante negociação e diz que não conseguiu responder todas as mensagens desde que foi anunciado pelo clube carioca

Em uma conversa de aproximadamente 2 horas, foi o suficiente para Renato Paiva virar o novo treinador do Botafogo. Antes de o Alvinegro ter enfrentado o Racing, na última quinta-feira, pela Recopa Sul-Americana, o português se encontrou com John Textor para negociar a ida ao clube carioca.
— Futebol é movimento. Eu já sabia que (meu nome) estava na mesa, mas haviam outros treinadores. De repente aparece uma chamada para realizar um Zoom (reunião virtual), uma entrevista e no dia seguinte apareceu o John Textor convidando para assistir Botafogo x Racing, quis me conhecer pessoalmente e as coisas ficaram fechadas - explicou Renato em entrevista ao "Sic Notícias".
Pressão por substituir Artur Jorge não assusta Paiva. O último trabalho do português foi no Toluca, do México.
— Pode assustar a questão (pressão) porque o clube acabou de ganhar o que ganhou. Prefiro esse peso de ter que jogar para ganhar todos os dias, lutar por todos os títulos, da pressão de uma torcida gigante. É isso que nós cremos. Não há nenhum profissional que vá escolher lutar contra rebaixamento do que lutar por títulos. Nos últimos dias senti um orgulho enorme pela minha carreira, que não teve ajudas, e este passo também foi assim. Não conhecia John Textor nem ninguém do Botafogo. O desafio é lindíssimo, o plantel tem muita qualidade, teremos um mês para trabalhar, o que é raro no Brasil, e isso vai nos ajudar a colocar as coisas no lugar. O Artur deixou uma base de trabalho clara e obviamente não vou fazer mudanças radicais, vou aproveitar muito do que o Artur deixou aqui. É pôr um pouquinho da nossa ideia e jogar para ganhar sempre - declarou.
novo português no comando do clube carioca afirmou que ainda não teve contato com Artur Jorge desde que foi anunciado no Alvinegro.
— Até para ver a dimensão de um clube como esse, já da reunião no hotel ele (Textor) me agarrou e disse "vamos para o jogo". Nem em casa eu fui. Fui contratado naquele momento, nem sequer tive um momento de reflexão. Olho para o meu telefone e tenho 250 mensagens que ainda não consegui responder. Fiquei muito orgulhoso por ter gente do meu passado, diretores, jogadores. Muitos jogadores, não só do Benfica na época da formação, mas muitos por onde passei... Meu Instagram está inundado de mensagens. O Botafogo é gigantesco. Eu nem tenho tempo para isso (responder todas as mensagens), mas não recebi nada do Artur Jorge ainda, mas sei que ele está torcendo por nós - finalizou.
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