Operação para demolir construções irregulares ocorre no entorno da Penitenciária de Bangu, no Rio
Em agosto de 2024, a Seop realizou outra operação na região

A Secretaria de Ordem Pública (Seop), o Ministério Público (MPRJ), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Militar realizaram, nesta terça-feira (25), uma operação conjunta para demolir 22 construções irregulares erguidas em loteamento clandestino, nas imediações do Complexo Penitenciário de Bangu (Gericinó), área que sofre influência do crime organizado.
Os imóveis foram feitos sem autorização da Prefeitura, segundo o órgão, e estavam a menos de 250 metros da unidade prisional, em uma área de segurança onde edificações são proibidas por lei. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de R$ 1 milhão aos responsáveis pelas construções irregulares.
Entre as construções ilegais demolidas, uma delas tinha aproximadamente 1000m2, onde anteriormente eram criados animais. O local estava abandonado, sujo e em péssimas condições de salubridade. Além das demolições das unidades não habitadas, a Prefeitura notificou os imóveis já ocupados, cujos moradores foram assistidos pela Secretaria de Assistência Social.
De acordo com o MPRJ, as invasões de propriedade e construções clandestinas ao redor do complexo prisional, supostamente orquestradas por uma facção criminosa, facilitam fugas e a entrada de itens proibidos no Complexo de Gericinó.
A operação foi planejada a partir de um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ), que aponta que criminosos do Comando Vermelho vem instituindo bases de atuação no entorno do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, com o objetivo de tomar os bairros próximos para formar um cinturão ao redor das unidades prisionais, onde estão custodiados os principais chefes do grupo criminoso. Essas áreas são utilizadas para práticas ilícitas, como arremesso de drogas e de celulares para dentro das prisões, e podem servir como instrumento para facilitar possíveis fugas.
Também participaram da operação agentes da Guarda Municipal, Comlurb e RioLuz.
Prefeitura já havia feito demolições na região
Em agosto de 2024, a Seop realizou outra operação naquela região, quando demoliu construções irregulares e desfez um grande loteamento ilegal caracterizado pela expansão de um condomínio. O loteamento e as construções eram ilegalizáveis e ocupavam aproximadamente 150.000m² em área considerada de interesse público para fins de desapropriação, sendo área de segurança do complexo penitenciário de Bangu. No local estavam sendo realizadas obras de infraestrutura com aproximadamente 3.000m de arruamento com implantação de 30 postes e manilhas para implementação de rede de drenagem, bem como a demolição de construções em fase inicial como muros e guaritas. Nos postes, foram encontradas várias luminárias da Rioluz, furtadas do parque de iluminação pública da cidade.
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