Ex-pastora Ana Akiva desfila em escola de samba com enredo sobre orixás e é atacada na web: “falta de amor”
Ela inclusive teve que restringir os comentários no seu perfil para evitar um linchamento virtual.

Desde que anunciou sua volta ao Carnaval de São Paulo como Musa da Colorado do Brás, a ex-pastora e criadora +18 Ana Akiva passou a ser atacada por cristãos e evangélicos. Um dos motivos é o enredo da escola sobre orixás e religiões de matriz africana. Ela inclusive teve que restringir os comentários no seu perfil para evitar um linchamento virtual.
“Como as pessoas perdem o temor a Deus, e por fama e dinheiro se submetem a tudo”, escreveu uma seguidora. “Você não tem medo da correção de Deus? Está fazendo as vontades da carne”, disse outro. “Que sofra todas as consequências, a maior pecadora”, apontou mais um.
Para Ana, falta conhecimento sobre a palavra de Deus e empatia das pessoas. “As religiões de matriz africana são demonizadas por grupos cristãos que não conhecem o que Jesus disse. É uma falta de conhecimento e de amor ao próximo muito grande. Jesus conviveu com povos que eram da mesma fé e religião sem querer convertê-los”, explica.
A musa inclusive vai desfilar como Yemanjá, com uma fantasia ousada e luxuosa. Ela diz que se sente abraçada pelo enredo e que respeita os orixás independente do seu passado como pastora. “Temos que nos abrir para tudo e para todos. Não precisamos acreditar ou praticar, mas devemos respeitar. É isso que vou fazer. E sobre a fantasia, será escandalosa. Vai chocar”, revela.
Já sobre o seu retorno à folia, a musa diz que não se importa com julgamentos e rótulos. Diz que está feliz com a reestreia, taxa as críticas como “hipocrisia’, e garante ter sua fé inabalável. Ana Akiva já espera novos hates por sua fantasia mínima e diz que isso não vai tirar seu brilho na avenida.
“Aprendi a lidar com as críticas, a me importar menos com o que falam por aí. Sei da minha essência, da minha fé e da minha índole. Nada tira meu brilho e minha paz nesse Carnaval. O maior cancelamento já passei, quando deixei a igreja para fazer vídeos adultos. O que mais pode acontecer? Sou forte”, diz.
COMENTÁRIOS