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A mostra Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira encerra a temporada no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ) neste fim de semana. Para celebrar os últimos dias da exposição, o curador Deri Andrade media uma conversa entre as artistas Lita Cerqueira e Ana Lira. Será no domingo, a partir das 16h, com entrada gratuita. 

No encontro Encruzilhadas dos cotidianos, uma conversa com Lita Cerqueira e Ana Lira, as artistas discorrerão sobre suas obras, com foco na produção da imagem em fotografia, pelo registro da memória negra. Ambas são convidadas da mostra e apresentam seus trabalhos em um dos cinco eixos da exposição, “Cotidianos”.

Nascida em Salvador, Lita Cerqueira dedicou-se à fotografia cênica, realizando importantes registros de músicos de sua época, entre eles, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. Em mais de 40 anos de carreira, também é conhecida por retratar a cultura afro-brasileira, a capoeira, a força de trabalho em ação, as cerimônias afrorreligiosas.

Ana Lira, nascida em Pernambuco, é artista visual, curadora, educadora, radio host, escritora e editora. Sua produção multimídia busca entender como o coletivo atua em seu entorno e por isso tem pesquisado vivências colaborativas entre mulheres negras e articulado esses saberes às poéticas das artes visuais.

Exposição 

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira já atraiu mais de 350 mil visitantes em suas passagens pelas unidades do CCBB em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em cada unidade do Centro Cultural Banco do Brasil, o público pôde conferir pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos. E a boa notícia é que a exposição não se encerra no Rio: o CCBB Salvador leva a mostra para a capital baiana, com temporada prevista para iniciar dia 28 de março, no Muncab - Museu Nacional de Cultura Afro-brasileira.

Encruzilhadas contempla diferentes épocas e discussões, contextos, gerações e regiões. De grande abrangência, a mostra percorre do período pré-moderno à contemporaneidade.  Os trabalhos estão alocados em cinco eixos: Tornar-se, sobre a importância do ateliê de artista e do autorretrato; Linguagens, que aborda os movimentos artísticos; Cosmovisão, a respeito do engajamento político e direitos; Orum, sobre as relações espirituais entre o céu e a terra, a partir do fluxo entre Brasil e África; por último, Cotidianos, que aborda as discussões sobre representatividade.

Cada eixo é representado por artistas negros emblemáticos: Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro, RJ, 1882-1922), Lita Cerqueira (Salvador, BA, 1952), Maria Auxiliadora (Campo Belo, MG, 1935 - São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (Salvador, BA, 1917- 2013) e Rubem Valentim (Salvador, BA, 1922- São Paulo, SP, 1991).  

A mostra produzida pela Tatu Cultural tem patrocínio da BB Asset, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil.

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