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Petrópolis,10/02/2025

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Quando o espelho se torna um forte aliado do distúrbio de imagem corporal

Entenda quando o hábito de se olhar, a cada segundo, no espelho, se torna um tipo de distúrbio


Quando o espelho se torna um forte aliado do distúrbio de imagem corporal Foto: freepik
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Quando o espelho se torna um forte aliado do distúrbio de imagem corporal 
Entenda quando o hábito de se olhar, a cada segundo, no espelho, se torna um tipo de distúrbio. Com certeza, você conhece alguém que tem o espelho como melhor amigo e fica a todo momento, dando aquela conferida na imagem pessoal.

Confere peso, altura, cabelo, medidas, tom de pele, vestuário, tudo... só que várias vezes ao dia. Não pode passar perto de um espelho que perde a concentração em outras atividades e a visualização da imagem passa a ser a ação mais importante do seu cotidiano. Chamamos essa verificação constante de “Body Checking” (verificação corporal) ou de Transtorno Dismórfico Corporal (TDC).

Um termo em inglês que classifica a necessidade constante, de avaliação da imagem pessoal. Esse tipo de comportamento torna-se disfuncional quando existe a intensidade exagerada da verificação. O distúrbio psíquico se configura, exatamente pelo excesso que pode levar a algum tipo de desconforto ou angústia.

Normalmente, atinge pessoas com autoestima baixa, portadores de distúrbios alimentares como a bulimia ou anorexia e também pessoas extremamente preocupadas com a aparência e que se afetam, profundamente, com os julgamentos alheios, levando-as a uma eterna obsessão com a aparência e o peso.
O desequilíbrio está na frequência e na compulsão do hábito de se olhar no espelho. O que pode apontar sinais claros de insatisfação corporal ou adoecimento emocional. As mulheres são as mais afetadas por este distúrbio, por conta da insana cobrança gerada pela ditadura do corpo perfeito, disseminada por uma sociedade que vende a ideia ilusória de que pessoas felizes são aquelas que correspondem às exigências estéticas do suposto padrão de beleza das celebridades.

Além disso, existe uma distorção de definição da imagem saudável, que prega a ideia de que, só é saudável quem cuida de forma excessiva do corpo e da aparência, enquanto aquele que não perde horas em frente ao espelho, que não se cuida (esteticamente falando), revela uma personalidade problemática que necessita de cuidados pessoais e que, portanto, não inspira uma aparência salutar.

Os sintomas possíveis desse distúrbio, são: a verificação constante do tamanho da barriga, de pernas, braços e diversas partes do corpo em frente ao espelho; isolamento social; pensamentos obsessivos com a alimentação e a aparência; fotos em frente ao espelho a todo momento (mas nunca está satisfeito com nenhuma foto); procrastinação de tarefas rotineiras; medo; ansiedade; insatisfação; frustração; repulsa por distorções corporais; necessidade de se comparar ao outro; irritabilidade quando a imagem visualizada não está dentro do idealizado.

Portanto, a verificação corporal excessiva ou Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é um tipo de comportamento obsessivo centrado no corpo que motiva a distorção da imagem real do indivíduo, não sendo nada saudável para a saúde mental.

Buscar terapia para entender os gatilhos, elevar a autoestima e o amor-próprio, é fundamental para modificar o comportamento e ressignificar as emoções. Assim, o espelho deixa de ser um forte aliado da neurose e passa a ser possível investigar os motivos que geram o excesso que desencadeia o distúrbio.

O respeito aos próprios limites, o reconhecimento às qualidades e a potencialização do autocuidado amparado pelo equilíbrio mental e comportamental, são detalhes importantes no processo de cura e na extinção desse desequilíbrio instalado pelo desejo de perfeição da imagem.      

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