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Petrópolis,06/02/2025

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Butantan estuda desenvolvimento de vacina em aerossol contra pneumonia

Imunizante com custo menor do que as vacinas disponíveis oferece vantagens de maior cobertura e logística mais barata


Butantan estuda desenvolvimento de vacina em aerossol contra pneumonia Foto: Alf Ribeiro / Shutterstock.com
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O Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, está desenvolvendo uma vacina em aerossol contra infecções pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), causadora de pneumonia bacteriana, otite, meningite e sepse, entre outros quadros. 

Trata-se de uma vacina composta por nanopartículas contendo proteínas do pneumococo, composição diferente das vacinas pneumocócicas conjugadas (VPCs), compostas por polissacarídeos de diferentes sorotipos do pneumococo conjugados com proteínas; e das vacinas polissacarídicas (VPPs), que contêm polissacarídeos livres do pneumococo em sua composição. A vacina deverá atuar diretamente na proteção pulmonar contra pneumonia, já que forma uma barreira contra a bactéria no local de entrada do organismo. 

Além de dispensar o uso de agulha, esta é uma vacina seca, com menos restrições de armazenamento e distribuição, o que contribui para o seu baixo custo.

“As formulações atuais são bem caras e complexas e têm proteção específica para alguns sorotipos. A ideia dessa vacina é que isso não ocorra, porque é uma vacina independente de sorotipo e com custo menor por não ter necessidade de purificar cada polissacarídeo dos diferentes sorotipos separadamente”, afirma a pesquisadora do Laboratório de Bacteriologia do Instituto Butantan Eliane Miyaji.

O estudo, feito em parceria com a Liverpool John Moores University (LJMU), do Reino Unido, foi desenvolvido em etapas. Na primeira, Tasson e a equipe do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan produziram os antígenos proteicos. Na segunda, as proteínas foram levadas para o Reino Unido pelo então estudante de pós-graduação, que trabalhou na produção de lipossomos – tipos de nanopartículas formadas por lipídeos arranjados em camadas duplas que formam uma espécie de esfera envolvendo os antígenos – no laboratório do professor de Nanomedicina da Escola de Farmácia e Ciências Biomoleculares da LJMU, Imran Saleem.

O projeto recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Medical Research Council (MRC) do Reino Unido. Agora, a equipe se prepara para submeter novo projeto para financiamento dos ensaios pré-clínicos.

Outras vacinas contra pneumococo

No Brasil, estão disponíveis a VPC10, VPC13, VPC15 e a VPP23, que previnem contra dez, 13, 15 e 23 sorotipos de pneumococo, dentre os mais de 100 existentes. A VPC10 é indicada para crianças de dois meses até cinco anos e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A VCP13 é indicada para crianças e adultos com mais de 50 anos, enquanto que a VPP23 é indicada para a população acima de 60, podendo ser utilizada em esquema vacinal em combinação com a VCP13. Embora tenham eficácia mais do que comprovada, o uso dessas vacinas tem levado a uma substituição dos sorotipos prevalentes na população, causando um aumento da incidência de doenças pneumocócicas por sorotipos não incluídos nas formulações vacinais.



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