Nova Friburgo: LIRAa de janeiro aponta localidades com alto risco de infestação de Aedes aegypti
Este levantamento foi efetuado no período de 6 a 11 de janeiro, sendo coletadas 714 amostras de mosquitos na forma imatura
A Prefeitura de Nova Friburgo, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, apresenta os resultados aferidos no Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) de janeiro de 2025, que visa permitir um diagnóstico rápido da situação entomológica de uma localidade e do município, para direcionamento das ações de controle do vetor e de educação em saúde. Para realização do LIRAa, a região urbana da cidade foi dividida em áreas denominadas estratos. Cada estrato corresponde a um conjunto de localidades com proximidade geográfica e características socioambientais parecidas, estas subdivididas em quarteirões.
Neste processo, o LIRAa foi composto por 10 estratos, 61 localidades e foram vistoriados 4.126 imóveis, sendo que nesses foram identificados e examinados os depósitos que reuniram as condições para proliferação do vetor Aedes aegypti.
Este levantamento foi efetuado no período de 6 a 11 de janeiro, sendo coletadas 714 amostras de mosquitos na forma imatura, com considerável quantitativo positivo para Aedes aegypti e Aedes albopictus, mosquito que apresenta características morfológicas semelhantes e a mesma capacidade de proliferação do Aedes aegypti. No Brasil, apesar de não haver nenhum registro de exemplares adultos infectados com o vírus da dengue, a espécie é alvo de estudos que monitoram o crescimento de sua população e investigam o risco que podem representar na disseminação da doença.
Das 61 localidades elencadas para o LIRAa, 41 apresentaram considerável densidade vetorial, com 26 em alto risco (risco de surto), 15 em médio risco (alerta) e apenas uma em baixo risco (satisfatório). Adicionalmente, em 20 bairros e sublocalidades não foram encontrados Aedes aegypyti na pesquisa, para que fossem determinados os índices.
Quanto aos criadouros para Aedes aegypti, os predominantes foram depósitos móveis (45%), seguido do por pneus (16,7%), lixo (11,3%), depósitos fixos (11,6%), caixas d’água (5,5%) e água potável ao nível do solo (4%).
Confira abaixo a classificação dos Índices de Infestação Predial (IIP) relacionados ao LIRAa de Nova Friburgo:
Alto Risco (risco de surto):
- Rui Sanglard: 31,2%
- Parque das Flores 25%
- Lagoinha 22,2%
- Olaria III 18,5%
- Duas Pedras 17,6%
- Belmont 16,7%
- Prado 15,5%
- Sítio São Luiz 13,3%
- Córrego D'antas 10,3%
- Bela Vista 10,2%
- Amparo III Barroso 10%
- São Geraldo 9,5%
- Cascatinha 9,1%
- Parque Maria Tereza 8,3%
- Jardim Ouro Preto 8%
- Alto da Chácara 7,8%
- Jardim Califórnia 7,8%
- Riograndina 6,6%
- Santa Bernadete 6,6%
- Amparo I Centro 6,3%
- Olaria I 6,2%
- Braunes 5%
- Santo André 4,3%
- São Jorge 4,3%
- Varginha 4,1%
- Tingly 4%
Médio Risco (alerta):
- Cordoeira 3,7%
- Conselheiro Paulino 3,7%
- Loteamento São João 3,5%
- Perissê 3,5%
- Olaria II 3,3%
- Jardinlândia 3,1%
- Chácara do Paraíso 2,6%
- Ponte da Saudade 2,4%
- Catarcione 2,3%
- Centro 2,2%
- Lazareto 1,7%
- Paissandu 1,5%
- Vargem Grande 1,4%
- Vale dos Pinheiros 1,2%
- Nova Suíça 1,1%
Baixo Risco (satisfatório):
- Campo do Coelho 0,7%
Este levantamento constatou que grande parte da área urbana da malha municipal encontra-se em risco ou em alerta de surtos de arboviroses, revelando a ocorrência de áreas com 4% de IIP (Índice de Infestal Predial), percentual mínimo para se considerar alto risco, até seis vezes este valor - 31,2% de índice de infestação.
O resultado do LIRAa de janeiro de 2025 evindendia a importância da continuidade das ações realizadas pelos Agentes de Combate a Endemias (ACE), cuja função é informar e orientar a comunidade para que sejam adotadas ações de prevenção e controle do mosquito nas residências e locais de trabalho. Essas ações, no entanto, não são efetivas se a população não estiver mobilizada para realizar, de forma contínua e autônoma, a prevenção e eliminação dos criadouros do mosquito vetor.
Para isso a Subsecretaria de Vigilância em Saúde destaca mais uma vez a importância da campanha “10 minutos contra a Dengue”, na qual atitudes simples como tampar caixas d'água, esvaziar recipientes e descartar corretamente o lixo são essenciais para interromper o ciclo de vida do mosquito e proteger milhares de vidas. Lembre-se: a prevenção começa em casa e o impacto se reflete em toda a sociedade.
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