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Petrópolis,30/01/2025

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Imunização contra o HPV pode transformar o cenário do câncer de colo do útero

Vacina oferece proteção eficaz contra vírus responsável por milhares de mortes anuais e outras doenças graves


Imunização contra o HPV pode transformar o cenário do câncer de colo do útero Foto: Reprodução da Internet
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O câncer de colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres em todo o mundo, tem como principal agente o papilomavírus humano (HPV). Esse vírus é responsável por quase 100% dos casos da doença, que mata cerca de 300 mil mulheres todos os anos. Além disso, o HPV está associado a outros tipos de câncer, como os de ânus, vulva, vagina e garganta, bem como as verrugas genitais.

A vacinação contra o HPV tem sido apontada como uma das estratégias mais eficazes na prevenção dessas enfermidades. Disponível para homens e mulheres de 9 a 45 anos, a vacina protege contra os subtipos do vírus mais comumente ligados ao desenvolvimento de cânceres e lesões pré-cancerosas. Estudos indicam que a imunização precoce, especialmente antes da exposição ao vírus, pode reduzir significativamente a incidência de casos e salvar vidas.

Para a Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica, a vacinação é um divisor de águas na saúde pública. “A imunização contra o HPV representa um avanço crucial, pois previne infecções persistentes e cânceres associados ao vírus, garantindo proteção ampla e duradoura. Iniciar a vacinação aos 9 anos é essencial para minimizar riscos e impactos futuros,” explica.

Foto: Divulgação

O esquema vacinal varia conforme a idade: adolescentes de 9 a 19 anos recebem duas doses, enquanto pessoas acima de 20 anos ou imunodeprimidas necessitam de três doses. No Brasil, a vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de outros grupos prioritários, como vítimas de violência sexual.

Muitos mitos cercam a vacinação, como a falsa ideia de que a imunização pode causar infertilidade, convulsões ou até incentivar a atividade sexual. A Dra. Brites desmente essas inverdades: “A vacina é segura, amplamente testada e não tem relação com esses problemas. É fundamental disseminar informações corretas para aumentar a confiança e a adesão da população.”

Além de prevenir doenças graves, a vacina contra o HPV contribui para reduzir custos no sistema de saúde e desafogar tratamentos oncológicos, ao evitar o desenvolvimento de cânceres. “A mensagem que deve ser passada é clara: temos uma oportunidade única de prevenir um câncer altamente prevalente e perigoso, sobretudo entre as mulheres. A vacinação é um investimento direto em saúde e qualidade de vida,” conclui a médica.

Com iniciativas de conscientização e ampliação da cobertura vacinal, o Brasil pode avançar no combate às doenças causadas pelo HPV, protegendo milhões de pessoas e salvando vidas.

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