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Petrópolis,22/12/2024

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Previsão de verão intenso no Rio de Janeiro é alerta para a necessidade de cuidados voltados à prevenção do câncer de pele

No ano que pode ser o mais quente da história, oncologista recomenda incluir na rotina consultas com dermatologista


Previsão de verão intenso no Rio de Janeiro é alerta para a necessidade de cuidados voltados à prevenção do câncer de pele Foto: Reprodução
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No inverno deste ano, no Rio de Janeiro, cariocas enfrentaram dias de calor intenso, com temperatura acima dos 30 graus, em uma amostra do que está por vir no verão. Esse cenário reflete o alerta da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que aponta que 2024 está prestes a ser registrado como o ano mais quente da história. Com a chegada da última estação, durante a campanha Dezembro Laranja, especialistas reforçam que é fundamental redobrar a proteção contra os raios ultravioleta (UV) para evitar o câncer de pele, especialmente o melanoma, tipo mais grave da doença e que pode levar à morte.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no estado do Rio, são esperados 23.590 novos casos de tumor de pele não melanoma anualmente, entre 2023 e 2025, sendo 12.270 em homens e 11.320 em mulheres. Em relação ao melanoma, são previstos 470 diagnósticos ao ano, 300 em homens e 170 em mulheres.

Médica da Oncoclínicas Rio de Janeiro, a oncologista Andreia Melo explica que é necessário evitar a exposição ao sol das 10h às 16h, período em que ocorre a maior incidência dos raios UV, e usar protetor solar corretamente, em todas as partes do corpo que ficam à mostra, reaplicando o produto a cada duas horas. É indicado ainda vestir blusa de manga comprida, boné ou chapéu e óculos escuros, que servem de barreira física.

Além disso, examinar a pele regularmente e fazer consultas de rotina com um dermatologista podem ajudar no diagnóstico precoce da doença.

“O exame deve ser periódico. É preciso olhar as costas, a sola dos pés e entre os dedos. Os danos da radiação ultravioleta, em relação ao câncer de pele, não são imediatos, não aparecem após uma exposição ao sol. Os tumores surgem após anos. E o diagnóstico precoce faz diferença, principalmente em casos de melanoma, devido à alta taxa de mortalidade da doença”, reforça Andreia Melo.

O tumor maligno com maior incidência no país

O câncer de pele não melanoma é o tipo de tumor maligno com maior ocorrência no país (31,3% do total de casos), seguido por mama feminina (10,5%) e próstata (10,2%), segundo dados mais recentes do INCA.

Em relação ao melanoma, a médica destaca que esse tipo de tumor apresenta um comportamento biológico mais agressivo, se espalha rapidamente e pode levar à morte.

“No entanto, há outros tumores de pele que merecem atenção, devido à gravidade, como o carcinoma de células de Merkel. A recomendação é para se proteger, seja qual for a época do ano”, reforça Andreia.

Medidas de proteção:

-   Evite a exposição desprotegida das 10h às 16h, quando a incidência de raios UV é mais intensa.

-   Mesmo antes e depois desses horários, é recomendado se proteger com sombra (natural ou de guarda-sol, sombrinha e barraca), roupas, bonés, chapéus e óculos escuros com proteção UV nas lentes.

-    Na pele, deve ser aplicado filtro ou protetor solar com FPS 30, no mínimo. Reaplicar a cada duas horas, em atividades de lazer e ao ar livre.

-     Observar todo o corpo e verificar a existência de pintas ou manchas suspeitas.

-     Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para exame completo.

Vacina contra melanoma mostra eficácia em estudos

O encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado em Chicago neste semestre, trouxe boas notícias no combate ao melanoma. Pesquisadores da Universidade de Nova York desenvolveram uma vacina, e estudos revelaram que 75% dos pacientes que receberam a medicação permaneceram livres do câncer após três anos.

O imunizante utiliza a mesma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) da COVID-19. O estudo  combinou a inovadora vacina de mRNA-4157 (V940) com pembrolizumab, que é uma imunoterapia já bem estabelecida. O tratamento foi administrado em pacientes após a cirurgia para remoção de melanoma em estágio III ou IV. Um ensaio clínico de fase III está em andamento, e o recrutamento de participantes, que ocorreu em vários centros, inclusive no Brasil, foi recentemente encerrado.

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