Polícia Militar e Ministério Público realizam operação na Rocinha
A operação tem como objetivo a captura de 34 traficantes, incluindo criminosos oriundos de outros estados, como Ceará e Goiás. De acordo com o MPRJ, os traficantes estariam se escondendo na Rocinha
Uma grande operação de segurança pública está em andamento na comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde as primeiras horas desta terça-feira (17). A ação envolve cerca de 400 policiais militares de diferentes unidades, incluindo forças especiais como o Bope, o Batalhão de Choque, o Batalhão de Ações com Cães (BAC), o Batalhão Tático de Motociclistas (BTM) e o Grupamento Aeromóvel (GAM). O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também participa da operação, que visa o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão na região.
A operação tem como objetivo a captura de 34 traficantes, incluindo criminosos oriundos de outros estados, como Ceará e Goiás. De acordo com o MPRJ, os traficantes estariam se escondendo na Rocinha, e os mandados de prisão foram expedidos com base em investigações de longo prazo, com apoio de informações de inteligência.
Além dos mandados de prisão, a operação também cumpre 9 mandados de busca e apreensão. Os agentes de segurança estão sendo apoiados por veículos blindados, viaturas e helicópteros, que circulam pela comunidade desde a madrugada. A operação gerou um clima de tensão, com relatos de intensa troca de tiros entre policiais e criminosos, além de vídeos que mostram a dificuldade dos veículos de segurança em acessar algumas áreas da comunidade.
A operação impactou diretamente a rotina da comunidade, com escolas e unidades de saúde suspendo atividades. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que oito unidades escolares na região foram afetadas, enquanto a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) precisou fechar uma escola estadual. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também anunciou que a Clínica da Família Maria do Socorro precisou acionar o protocolo de "acesso mais seguro", interrompendo o atendimento à população, enquanto a Clínica Rinaldo De Lamare manteve seus serviços, mas suspendeu as atividades externas, como visitas domiciliares.
Até o momento, a operação já resultou na descoberta de uma estufa usada para o cultivo de maconha na parte alta da comunidade. O Bope, que lidera a ação, segue atuando em diversas áreas da localidade, com o objetivo de desarticular as organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e outras atividades ilícitas na região.
A operação é coordenada pelo Comando de Operações Especiais (COE) e envolve equipes de 11 batalhões, além de militares especializados em resgates e ações de salvamento, que contam com uma ambulância blindada.
Até o fechamento desta matéria, a operação continua em andamento, e não há informações sobre o número de detidos.
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