Secretaria de Estado de Educação realiza 3° Encontro Intercultural
O evento é resultado das ações efetuadas com os alunos das 27 escolas interculturais da rede estadual de ensino
Um dia para enaltecer a educação e a cultura de todo o mundo. Nesta sexta-feira (29/11), a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) promoveu o 3° Encontro Intercultural, que reuniu as 27 escolas interculturais da rede estadual de ensino, no Expomag, na Cidade Nova. Com várias apresentações e muita troca de informações e conhecimentos, o evento teve o objetivo de fomentar a interação entre os alunos e representantes de instituições parceiras, além de divulgar ações que foram efetuadas nestas unidades escolares e as novas escolas desta modalidade que serão inauguradas – a previsão é que, até o fim de 2025, sejam 32 interculturais.
– Hoje é um dia de celebração de um trabalho sério que vem sendo exitoso a cada momento. Este modelo é um sucesso. São tantas línguas, tantas culturas. Essa ideia tem feito a diferença para a formação desses nossos jovens – celebrou Myrian Medeiros, subsecretária de Planejamento e Ações Estratégicas da Seeduc-RJ.
A ideia nas escolas interculturais é que os alunos aprendam tudo o que está disposto na Base Nacional Curricular brasileira e conteúdos relacionados ao país com o qual a escola tem parceria, além da língua nativa das nações parceiras. São oportunizadas experiências formativas de interação com o universo da língua, arte e cultura do país.
– Estamos muito orgulhosos e felizes com este trabalho realizado nas escolas interculturais. São resultados incríveis. Esta troca é fantástica, e vamos em frente – declarou o cônsul honorário da Suécia, Jan Lomholdt.
As interculturais são um grande sucesso na rede estadual. Prova disso são os excelentes resultados que essas instituições conseguiram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com notas acima da média.
– É um motivo de muito orgulho termos essa ideia das interculturais. Estamos aqui, neste evento, para a integração de nossos alunos. É muito emocionante – enfatizou Zélia Maria Correa, diretora-geral do Colégio Estadual José Maria de Brito - Intercultural Brasil-Japão, de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.
A Seeduc-RJ mantém este programa na sua rede desde 2014, ofertando o ensino do idioma e essa aproximação cultural, por meio de parcerias e acordos com embaixadas, consulados ou instituições de países como Alemanha, Argentina, Chile, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México, Paraguai, Rússia, Suécia, Turquia e Uruguai.
O apoio pedagógico vindo desta parceria contribui com a aquisição de materiais, livros e recursos pedagógicos para o desenvolvimento das atividades, além da formação e qualificação dos professores.
– Este trabalho das interculturais é uma possibilidade de inserir o aluno neste mundo tão globalizado. A partir desta iniciativa, eles conhecem o mundo, têm acesso a muitos conhecimentos e entendem a questão da interculturalidade – destacou Jacqueline Oliveira, professora de Francês do Ciep 100 São Francisco de Assis Intercultural Brasil-França, de Mesquita, na Baixada Fluminense.
PROGRAMA JOVEM REPÓRTER
Neste ano, alunos das escolas interculturais participaram ainda de uma ação muito especial, aproveitando a proposta pedagógica das unidades: o Programa Jovem Repórter, que começou a partir do G20. A iniciativa tem o objetivo de fazer com que estes jovens estejam em diversos eventos, não só os do fórum mundial, mas também da Seeduc-RJ e do Governo do Estado, como produtores de conteúdo para diversas mídias. Cobrindo estes acontecimentos como se fossem repórteres, eles aprendem sobre o universo da comunicação.
– É algo fantástico, novo e inspirador. Estamos tão longe, mas, ao mesmo tempo, tão perto de um país tão distante como a Rússia. E as ações todas, como o Jovem Repórter, nos permitem sonhar mais alto – afirmou o jovem repórter Matheus de Souza, de 19 anos, aluno da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Tenente Otávio Pinheiro Intercultural Brasil-Rússia, de Belford Roxo, que também fez a cobertura jornalística deste encontro, ao lado de outros estudantes das escolas envolvidas no projeto.
Segundo a superintendente de Projetos Estratégicos da Seeduc-RJ, Maria Cristina de Oliveira Silveira, ações como essas fazem com que as unidades combatam a evasão escolar e garantam o interesse dos estudantes.
– As escolas interculturais têm uma proposta pedagógica clara, bem definida, desenvolvida de maneira dinâmica, prazerosa e que apoia a autonomia, a competência e a percepção de pertencimento dos estudantes, o que leva ao engajamento, à motivação e a não evasão. São verdadeiros "centros culturais", portas de oportunidades para que os estudantes sigam, em um futuro muito próximo, carreiras dentro e fora do país – completou a superintendente.
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