Símbolo de fofura e pacificidade, as capivaras possuem um dia para chamar de seu. Nesta quinta-feira (14) é comemorado o Dia Internacional da Capivara.
De pata em pata, as capivaras atravessam ruas, calçadas, faixas de pedestres e dominam o cenário na maioria dos estados brasileiros. Não importa aonde for, elas chamam atenção pelo carisma e fácil adaptação ao ambiente urbano.
A capivara é um símbolo ecológico brasileiro, associada aos nossos recursos hídricos e, em especial, à imagem do pantanal brasileiro. É abundante em quase todo o Brasil, desde que haja água por perto, sendo chamadas também de “porco d’água”.
Todo o charme da capivara tem uma importância à natureza que vai além das aparências: elas são consideradas símbolos da preservação das espécies “guarda-chuva”. Segundo especialistas, as capivaras estão entre os maiores roedores do mundo e chegam a pesar até 75 kg, estando no mesmo grupo das pacas, das cutias, dos preás e do porquinho-da-índia.
A capivara é uma espécie amplamente distribuída na América do Sul, e ocorre em todos os países desse continente, exceto no Chile. Apesar dessa ampla distribuição, ela é mais rara em alguns locais, com algumas extinções locais confirmadas, como em partes da Venezuela e em várias regiões da Caatinga, no Brasil. Também foi extinta em parte do litoral do Nordeste Brasileiro, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará. No Pleistoceno, ocorria até a América do Norte, no sul dos Estados Unidos. Entretanto, a espécie está se tornando invasora na Flórida.
Elas se alimentam de plantas e têm hábitos semi-aquáticos. Além disso, também atendem pelo nome científico Hydrochoerus hydrochaeris.
Apesar de o nome popular ‘capivara’ ter origem no tupi-guarani (kapi’wara), que significa ‘comedor de capim’, estes animais não se alimentam exclusivamente de capim. Ela também é chamada de carpincho, capincho, beque, trombudo, caixa, cachapu, porco-capivara, cunum e cubu, dependendo da região do país.
Elas consumem uma grande variedade de plantas rasteiras e aquáticas. Chegam a formar bandos grandes, com mais de 20 indivíduos, que pastam as margens de rios e córregos.
A presença das capivaras no ambiente urbano mostra que elas perderam o próprio habitat natural por causa do rápido crescimento das cidades.
A capivara, assim como o cavalo, é um dos hospedeiros primários do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), o qual transmite a bactéria intracelular Rickettsia rickettsii, agente causador da zoonose Febre Maculosa Brasileira. As capivaras hospedeiras, ao serem infectadas por carrapatos vetores, apresentam bacteremia por até três semanas, podendo evoluir ao óbito ou à cura. Durante a bacteremia, as capivaras podem disseminar o agente para outros carrapatos que as estiverem parasitando, causando a amplificação da bactéria no ambiente. Os carrapatos podem se alimentar de qualquer hospedeiro acidental, inclusive o ser humano, transmitindo assim o agente infeccioso e causando a doença.
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