Morreu nesta quinta-feira (3), Percival Pires, ex-presidente da Estação Primeira de Mangueira, aos 82 anos. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, Perci, como era conhecido no mundo do samba, mudou-se para o Morro da Mangueira na década de 1960. Anos depois, passou a atuar também como mestre de cerimônias nas grandes festas Verde e Rosa.
Ele era apaixonado pela Estação Primeira e dirigiu a escola por dois semestres.A primeira foi em 1980-1983.A segunda temporada começou em 2006, quando sucedeu Alvinho Álvaro Luiz Caetano. Porém, em dezembro de 2007, Perci foi obrigado a pedir demissão devido à polêmica em torno da bateria do grupo na festa de casamento do traficante Fernandinho Beira-Mar.
O presidente disse na altura não saber que o evento tinha ligação com Beira-Mar porque o grupo foi contratado por um cliente habitual da Verde e Rosa.
Durante a cerimônia, Perci Mangueira entregou um diploma à noiva de Beira-Mar, Jacqueline. O evento, ocorrido no dia 20 de outubro do mesmo ano em uma casa de festas na Barra da Tijuca, serviu pouco antes de um casamento no presídio federal de Campo Grande (MS), em setembro, onde o traficante cumpria pena.
Após a renúncia da Mangueira, Eli Gonçalves da Silva, mais conhecido como Chininha, então vice-presidente da Perc, assumiu a presidência.
Nas redes sociais, torcedores da Verde e Rosa lamentaram a perda. “Mangueira de luto: Perdemos nosso ex-presidente, Percival Pires, que adora verde e rosa. Siga a luz, Perci”, postou Nilcemar Nogueira, fundador do Museu do Samba e neto de Dona Zica e Cartola.
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