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Petrópolis,01/02/2025

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Pedro Tostes

O teatro dos vampiros


O teatro dos vampiros

O novo deus é o dinheiro. Ele move montanhas, mas também guia a humanidade em direção ao abismo. Enquanto um punhado de pessoas se esconde atrás de grandes mansões, muros altos, mísseis e prisões, quem é o verdadeiro culpado? Quem é responsável pelas mortes nos hospitais, nas escolas, nas prisões e nos morros? Quem fabrica as armas, quem as produz e vende? Quem lucra com tudo isso? Quem é cúmplice? Quem compactua com a crueldade contra a própria raça, com a ganância pelo poder?


A história se repete, e o inimigo do Estado é o próprio Estado. O inimigo da humanidade é a própria humanidade. De um lado, os vícios; do outro, as virtudes. Dizem que o dinheiro move montanhas, mas será que sempre foi assim? Por que condenar os já condenados? Por excesso, por luxúria... O mundo não permanecerá dividido por muito mais tempo. Haverá sempre a ascensão e a queda. O que significa ser justo em um teatro de vampiros? Quando um lobo devora outro lobo, o jogo se transformará...                                                           

É fascinante, mas ao mesmo tempo perturbador, observar aqueles que se vestem com ternos impecáveis e gravatas elegantes, ostentando uma aura de nobreza. Eles comem, possuem, acumulam — verdadeiros criminosos que, em seus palácios de hipocrisia, matam mais do que traficantes ou assassinos comuns. São devoradores de esperanças, corruptos de terno que sugam a essência da humanidade enquanto posam para fotos com sorrisos obscuros, carregados de maldade. Esse disfarce podre, essa máscara de falsa respeitabilidade, não durará para sempre.


Enquanto eles tinham o ferro — o poder, a força bruta —, nós tínhamos apenas a madeira, a resistência simples, mas firme. No entanto, o jogo está mudando. O poder pelo poder, a ganância desmedida, trará consigo o sacrifício que a humanidade precisa enfrentar para se libertar. É como se a espada ganhasse vida própria, virando-se contra aqueles que a carregam, cortando as mãos que a empunham com ambição cega. A queda deles será inevitável, e o ciclo de opressão será quebrado. A justiça, ainda que tardia, virá — não como um presente, mas como uma conquista dolorosa e necessária.



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