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Petrópolis,21/11/2024

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Patricia Granzinoli

Inteligência Artificial (IA) e o mercado editorial

Imagem: Internet
Inteligência Artificial (IA) e o mercado editorial A era da IA

       A Inteligência Artificial (IA) possui inúmeras aplicações e uma infinidade de possibilidades para alavancar todas as áreas de conhecimento. Seu uso está em todos os segmentos e situações cotidianas, nos auxiliando nas buscas via Google, nas compras on-line, nos serviços de banco, no uso de aplicativos ou na utilização do nosso smartphone.

       Se houvesse uma forma simples de sintetizar a IA, diríamos que ela é um braço da Computação, enquanto ciência, que se utiliza dos algoritmos para que tarefas sejam executadas a partir de uma sequência previamente programada de comandos. Simplificando ainda mais, indicaríamos que se assemelha à receita de “passar um cafezinho”: colocamos a água para ferver, o filtro de papel no coador, dispomos a quantidade de pó (marca e a torra que me agrada), sequencialmente adicionamos água quente e coamos  — forte, médio ou fraco; é mais ou menos dessa forma que os algoritmos trabalham, enviando continuamente instruções que geram um input – pó de café–(entrada) e um output–café pronto – (saída).                         
    De uma forma semelhante nossas ações virtuais são colhidas, separadas, registradas e armazenadas para que nossas preferências sejam identificadas; é através dessa coleta de dados que a IA inicia um processo de filtragem, conjugação e interligação destas informações, possibilitando uma navegação rápida e fácil — ao disponibilizar dados mais próximas dos nossos interesses.
       Isto posto, precisamos lembrar que desde os primórdios os signos linguísticos são impactados pela necessidade humana de exercer a comunicação. Não importa se falamos da geração de livros ou revistas na sua forma física, ou eletrônica, o que assistimos ao longo das décadas são mudanças significativas que estimulam e facilitam a disseminação de informações. Naturalmente sempre houve a necessidade de se averiguar as fontes e sua veracidade — as fake news não nasceram neste século, meramente seus meios de distribuição são mais potentes atualmente.     
       Não há como fechar os olhos para todo o avanço produtivo que a informatização trouxe para a área editorial: qualidade do material, impressão, velocidade de informação, economia de espaço físico, comércio eletrônico. É pura matemática, aqui menos é realmente mais! Houve muitas mudanças no meio editorial até chegarmos à era da informática, e tanto o entusiasmo quanto os receios estiveram concomitantemente presentes em todo esse processo.  Seguindo esta lógica os profissionais que atuam na área editorial devem, além da criatividade, acrescentar novas capacidades as suas funções, necessitam atualizar suas competências e criar novas habilidades computacionais para sua atuação profissional; essa demanda é resultado imediato das inovações eletrônicas no campo da informática. Com tantas possibilidades à mão, a IA ainda é muito tímida nesse setor. Há que se ir além de traduções de textos, revisões ortográficas, geração de conteúdos, por haver processos mais profundos, como o administrativo, onde ela pode ser amplamente aplicada. Questão de tempo, para a editoração, encontrar a coragem necessária para explorar os horizontes tecnológicos e suas incontáveis possibilidades mais a fundo.
       Finalizando, cito AMARAL (1995, p.68): “O profissional criativo conseguirá adaptar-se às novas demandas informacionais dos leitores e do mercado de trabalho, pois, no futuro, o único elemento não disponível por meio de computadores, por mais inteligente que esses sejam, será a criatividade, essencial para a sobrevivência do profissional da informação”.



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