Patricia Granzinoli
Mangueira, teu cenário é uma beleza que a natureza criou
“Você já foi à Mangueira? Não? Então, vá!”
Pegando uma carona na canção de Dorival Caymmi somente para enaltecer a Mangueira. O bairro da Zona Norte é assim chamado, segundo Cibele Macêdo e Regina Andrade, “por ser uma região onde havia muitos pés de manga, ficou popularmente conhecida como Morro da Mangueira. Em 1889, quando foi inaugurada a Central do Brasil, a estação, que ficava vizinha ao morro, foi chamada de Estação Mangueira, oficializando o nome do lugar.”
Mas essa Mangueira só dá frutos, será?
Se depender de Michel Soares, medalhista mundial em taekwondo, e de sua mãe, a Dona Jô, as mangas vão parar nas caipirinhas para acompanhar mais um pedido de feijoada, rabada, mocotó, carne-assada, ou arroz-feijão-bife-e-batatas-fritas. Para provar essas delícias geracionais é recomendado se dirigir ao Manga Bar, lugar que sabe receber com a mesma alegria de suas rodas de samba. Na página de Instagram da casa, inúmeros elogios são tecidos a respeito do maravilhoso tempero de Dona Jô, da alegria e empreendedorismo do Michel, passando pelas rodas de samba, e no “brotar” dos fregueses que exalam samba no pé.
Por enquanto, a casa está aberta de sexta a domingo, e eles nos avisam: “nosso sambinha começa às 15h, mas a casa abre às 12h. Chega cedo pra garantir tua mesinha e ficar de boa. Bora sambar, que a gente tá te esperando com aquela energia massa!”
Para embalar nessa energia é cobrado um couvert artístico de R$15,00 para sambar ao sabor dos versos de que “(…) Mangueira, teu cenário é uma beleza que a natureza criou. O morro com seus barracões de zinco, quando amanhece que esplendor! (...)”
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