Patricia Granzinoli
Implante de chip cerebral em humano será responsável por substituir ou restaurar função perdida pelo corpo
A Neuralink, uma das empresas mais intrigantes fundadas por Elon Musk, mergulha no território da neurotecnologia com a promessa de revolucionar a interação entre o cérebro humano e as máquinas. O bilionário disse que o primeiro humano recebeu um implante da startup de chips cerebrais, acrescentou que os resultados iniciais são animadores; o estudo avalia funcionalidade da interface permitindo pessoas com paralisia passem a ter controle com o pensamento.
Desde o seu lançamento em 2016, a Neuralink tem trabalhado em dispositivos de interface cérebro-máquina (ICMs) que podem, um dia, ajudar a tratar doenças neurológicas graves, permitir comunicação para pessoas com impedimentos, e até mesmo ampliar capacidades humanas. O principal produto da Neuralink é um dispositivo inovador chamado “Link”, um pequeno chip que é implantado diretamente no cérebro. O processo de implantação é tão futurista quanto o dispositivo em si, dependendo de uma cirurgia robótica altamente precisa para minimizar danos ao tecido cerebral.
A cirurgia para implantar o Link envolve uma máquina cirúrgica avançada, que foi especialmente desenvolvida pela Neuralink. Este robô possui uma agulha fina, responsável por inserir filamentos extremamente finos — cerca de um terço do diâmetro de um fio de cabelo humano — nas áreas específicas do cérebro. Antes da operação, a cabeça do paciente é fixada em uma estrutura para manter a estabilidade, e a localização exata para a inserção dos eletrodos é calculada por meio de imagens de alta precisão do cérebro.
A precisão é crítica, pois a colocação precisa dos eletrodos permite que o dispositivo monitore e estimule as regiões cerebrais com eficácia e segurança. Uma vez implantados, esses eletrodos podem captar sinais neurais com alta resolução, que são então transmitidos ao Link, permitindo que o dispositivo interprete a atividade cerebral.
As aplicações potenciais da tecnologia Neuralink são vastas. Em teoria, ela poderia permitir que indivíduos controlassem computadores e outros dispositivos apenas com o pensamento, o que seria uma mudança de jogo para muitas pessoas com deficiências físicas. Além disso, poderia um dia ser usada para restaurar funções sensoriais, como visão e audição, e até tratar doenças neurológicas como a doença de Parkinson e a epilepsia.
(Fonte: Funciona desse jeito)
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