Cem 'covas rasas' foram abertas na areia de Copacabana em protesto — Foto: Divulgação

Homens invadem ato no Rio e um deles derruba cruzes que lembram mortos pela Covid

Um vídeo postado por organizadores mostra um homem invadindo o ato e derrubando as cruzes que foram fincadas na areia
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Um protesto realizado pela ONG Rio de Paz na areia da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, terminou em confusão na manhã desta quinta-feira (11/06).

Um vídeo postado por organizadores mostra um homem invadindo o ato e derrubando as cruzes que foram fincadas na areia, em uma representação dos mortos pela pandemia do novo coronavírus. Cerca de 40 voluntários cavaram 100 covas rasas na areia, simbolizando as mortes pela Covid-19 no país.

As imagens mostram troca de ofensas entre os grupos. Um dos mais revoltados foi um idoso que entrou na areia e começou a retirar as cruzes que faziam parte da instalação.

Na sequência da confusão, um cidadão que também acompanhava o protesto decidiu recolocar as cruzes no lugar e defendeu a manifestação contra os apoiadores do governo. Ele se disse pai de uma das mais de 40 mil vítimas da Covid no país.

Vídeo publicado na página do “Jornalismo Independente” no Youtube.

Manifestação

Os voluntários iniciaram o ato às 4h, em frente ao Hotel Copacabana Palace. Nas covas, penduraram bandeiras do Brasil e cartazes. De acordo com Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz, as covas são uma alusão aos cemitérios lotados no país, como o de Manaus.

“Ali, nós temos primeiro as imagens das mortes que estão acontecendo simultaneamente e, por trás delas, famílias que ao mesmo tempo estão administrando sofrimento invisível de entes queridos. Ela traz a nossa mente o fato de que os mais necessitados estão sendo atingidos frontalmente, estão morrendo, sendo enterrados em covas rasas”, diz Antônio.

Entre as reivindicações do protesto, estão a assistência às famílias em situação de vulnerabilidade durante a crise do coronavírus, um profissional de medicina à frente do Ministério da Saúde e a exigência de cronograma com metas dos governos federal, estadual e municipal para o combate efetivo da doença.

“O que nós esperamos com a manifestação é uma mudança dessa situação de crise. O que mais poderia ajudar agora é conhecer o cronograma, saber o que vai acontecer daqui a um, dois meses, para onde o país está indo. Mas não há metas, não há planejamento. Não houve um só momento que o presidente da república tenha expressado compaixão, solidariedade pelos que sofrem”, afirma o presidente da ONG.

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