Foto: Arquivo Pessoal

Há 44 anos, Eunice Michiles tornava-se a primeira mulher a tomar posse no Senado Federal

A primeira mulher a tomar posse no Brasil representava o estado do Amazonas
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Por Anna Grazinoli

No dia 31 de maio de 1979, há 43 anos, Eunice Michiles tomou posse no Senado Federal, tornando-se a primeira senadora do Brasil. Eunice é lembrada por ser a mulher que rompeu com a exclusividade masculina na Câmara Alta.

A posse da senadora ocorreu durante o início do governo de João Figueiredo. Documentos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, mostram que os parlamentares receberam a colega do sexo feminino com deferência e empolgação. Na cerimônia de posse, a novata foi presenteada com flor, chocolate e poesia. Em uma sociedade em sua grande maioria machista e patriarcal, Eunice abriu portas e mostrou ser possível lutar pelos direitos das mulheres.

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Diploma expedido pela Justiça Eleitoral atesta que, por ter ficado em segundo lugar na eleição, Eunice Michiles é suplente de João Bosco. Foto: Reprodução/Arquivo do Senado

Vida política

A comerciária, funcionária pública e professora primária, Eunice Michiles, foi eleita vereadora na cidade em que morava com 500 votos, sendo a vereadora mais votada no interior do Amazonas. Eunice disputou o pleito pelo PTB, porém, foi cassada na primeira sessão e teve os direitos políticos suspensos por dez anos, sendo visto como uma perseguição política no âmbito do Regime Militar de 1964.

Fazendo parte do diretório regional da Arena, Michiles foi eleita deputada estadual no ano de 1974 e candidata a senadora em 78 por uma sublegenda sendo eleita suplente de João Bosco de Lima. Após a morte de João Bosco, Elenice foi efetivada, sendo transferida para o PDS com o retorno do pluripartidarismo.

Senado

Com sua posse no Senado, a mulher chegou mediante um processo eletivo, visto que a Princesa Isabel foi Senadora por direito dinástico durante o Império de Dom Pedro II. Em 1990, chegam à Câmara Alta pelo voto direto as senadoras Júnia Marise (Minas Gerais) e Marluce Pinto (Roraima). Desde então, pelo menos uma mulher obtém uma cadeira senatorial a cada eleição.

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