Mesmo com determinação judicial que proibia uma greve dos motoristas de ônibus de Petrópolis, sob pena de R$ 100 mil em caso de descumprimento, o Sindicato dos Rodoviários recorreu a decisão e manteve sua manifestação até que um acordo com a Setranspetro possa ser alcançado nas negociações.
A pedida inicial dos trabalhadores foi de um reajuste salarial de 17%, cesta básica de R$ 700 e fim de hora fracionada do almoço. Já a proposta da empresa que representa o transporte público da cidade, segundo informado, foi de 10,54% de aumento do pagamento e 10% de reajuste na cesta básica.
Em nota, a Setranspetro afirmou que a greve é ilegal e alertou para prejuízos que podem atingir o município. Confira:
“O Setranspetro lamenta profundamente que a quarta proposta feita à categoria, de 10,54% de aumento nos salários e 10% de reajuste na cesta básica, entre outras condições de cláusulas sociais reivindicadas, sejam recusadas e que não haja sequência ao diálogo e ao processo negocial pela categoria dos rodoviários.
Neste momento, a greve é ilegal, tendo em vista uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho, que impede tal movimento. Além de ser considerada uma medida antidemocrática, com todas as medidas e sanções cabíveis à categoria, a greve vai contra o diálogo traçado ao longo desta terça-feira (5) com o Governo Municipal, Câmara Municipal, Rodoviários e Empresários.
O Setranspetro ainda ressalta que a greve, além de paralisar o sistema de transporte, vai resultar em prejuízos à economia da cidade, que já foi atingida pelas catástrofes naturais, com perdas irreparáveis ao comércio, indústria, profissionais dos serviços essenciais e até aos estudantes, que não conseguirão se deslocar às escolas.”
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